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Polícias elogiam nova ministra mas avisam que querem respostas (já) em abril

Os polícias elogiam o currículo da nova ministra da Administração Interna, mas avisam que o que importa é o que Margarida Blasco vai fazer daqui para a frente. Os sindicatos do setor querem começar já a negociar o pagamento do suplemento de risco à PSP.

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Os avisos foram deixados em tempo útil à consideração dos dois principais candidatos a primeiro-ministro. Os protestos em véspera de eleições puseram as questões salariais dos polícias no centro do debate político e conseguiram arrancar compromissos a todos os partidos. Agora, que já é conhecida a nova ministra, avisam que é preciso atuar.

A nova ministra da Administração Interna chama-se Margaria Blasco. Passou pelo Serviço de Informações de Segurança (SIS) e esteve sete anos à frente da Inspeção Geral da Administração Interna. Foi a polícia das polícias, um currículo no qual os sindicatos só vêm virtudes mas é preciso mostrar o que vale rápido, avisam.

“O que esperamos dela [Margarida Blasco] não é o que fez no passado, mas sim o que vai fazer no futuro. Existe um compromisso assumido pelo atual primeiro-ministro indigitado”, lembra Armando Ferreira, presidente do Sindicato Nacional da Polícia.

Um compromisso, recorde-se, assumido por Luís Montenegro durante o debate com Pedro Nuno Santos, mas que passa agora para as mãos de Margarida Blasco. Sendo que, o tempo já está a contar.

“Há suplementos para resolver, há salários para aumentar, há uma classe profisisonal que está na primeira linha e que não tem dignificação profisisonal e atratividade na instituição, há quadros a fugir”, elenca Paulo Santos presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP).

Armando Ferreira reconhece que “não é momento para manifestações, temos que dar tempo ao Governo, à ministra para criar a sua equipa”, mas “estamos a contar que, pelo menos, a meio de abril para a frente a ministra tenha a iniciativa de chamar os sindicatos representativos da Polícia de Segurança Pública”.

Os polícias são só um dos muitos dossiês que o XXIV Governo terá que resolver e não há muito tempo para evitar que protestos como os que assistimos recentemente se repitam.

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