Síria, setembro de 2015: a data em que a Rússia passou a liderar uma operação militar de apoio ao presidente sírio, Bashar Al- Assad, determinante no rumo da guerra. Três meses mais tarde, dava-se, em solo russo, o primeiro de muitos ataques reivindicados pelo Daesh ou Estado Islâmico.
A cronologia dos ataques feita pela a agência EFE concentra-se entre 2015 e 2019. Até esta sexta-feira, quando um grupo de homens entrou a matar no Crocus City Hall de Krasnogorsk, subúrbio de Moscovo.
Ao longo de quase uma década, o Daesh tem reclamado a autoria de atentados contra polícias, soldados e civis, fossem eles turistas, fieis da igreja cristã ortodoxa, de um santuário sufi ou mesmo simples transeuntes, como os que foram atacados na cidade siberiana de Surgut, em 2017.
2017 registaria o maior número de ataques: foram quatro. O último ocorreu num supermercado da cidade de São Petersburgo que explodiu sem causar vítimas mortais.
Além das grandes cidades, o Daesh fez atos violentos nos Urais, na Chechénia e na República do Daguestão.
Os que agora reclamam as mortes de Moscovo pertencerão a um ramo afiliado do estado islâmico radicado no Afeganistão, país onde a embaixada russa foi alvo de um ataque suicida no verão de 2022.
Os serviços secretos russos, que tentavam caçar suspeitos de pertencerem ao Daesh, desviaram o foco desde a invasão da Ucrânia há dois anos.
Putin fez o mesmo este sábado. No discurso ao país, nem sequer mencionou o grupo terrorista, que já tinha reclamado o ataque, e que horas depois, divulgada um vídeo do tiroteio.