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Ataque terrorista em Moscovo: dois suspeitos foram detidos após perseguição

Duas pessoas suspeitas de particaparem no tiroteio desta sexta-feira nos arredores de Moscovo foram detidas na região de Bryansk, após uma perseguição de carro. Mas, segundo as agências internacionais, os serviços de segurança do Kremlin detiveram um total de 11 pessoas, das quais quatro os pressumíveis atacantes.

Ataque terrorista em Moscovo: dois suspeitos foram detidos após perseguição
MOSCOW NEWS AGENCY

O responsável do Comité de Política Internacional da Duma citado pela Reuters avançou, esta manhã de sábado, no Telegram que dois suspeitos do ataque terrorista em Moscovo foram detidos na região de Bryansk. No total, segundo um balanço divulgado pelas agências internacionais, o Kremlin deteve 11 pessoas na sequência do tiroteio, quatro das quais identificadas como os pressumíveis atacantes.

Dois dos suspeitos que realizaram o ataque na sala de espetáculos Crocus City Hall, num dos maiores centros comerciais nos arredores de Moscovo, foram detidos esta manhã após "uma perseguição de carro".

A região de Bryansk situa-se a cerca de 340 quilómetros do local do ataque, na fronteira com a Ucrânia e a Bielorrússia.

O responsável do Comité de Política Internacional da Duma, câmara baixa do parlamento, Alexander Khinstein, referiu que a polícia intercetou um veículo em fuga perto da localidade de Jatsun, região de Briansk, e no interior encontrou uma pistola, um carregador para uma arma de assalto e passaportes para o Tajiquistão, noticiou a agência russa TASS.

O veículo intercetado é um Renault branco, coincidente com a descrição inicial fornecida pelas autoridades sobre o carro em que os responsáveis pelo ataque à sala de espetáculos Crocus City Hall se puseram em fuga.

Imediatamente após o anúncio, o Ministério dos Negocios Estrangeiros tajique indicou que não tinha recebido "confirmação das autoridades russas" sobre a nacionalidade dos agressores e pediu à opinião pública que espere pela verificação oficial da identidade, segundo um comunicado divulgado na rede social Telegram.

"Há que ter em conta que a difusão de informação não confirmada e pouco fiável pode prejudicar os cidadãos do Tajiquistão que se encontram atualmente fora do país", sublinhou o Governo tajique.

Entretanto, o aliado do Presidente russo, o ex-espião Nikolai Patrushev, afirmou, citado pela TASS, que “os responsáveis serão punidos” e que “este ataque prova que o terrorismo é uma ameaça significativa para a Rússia”.

Entre quatro a cinco homens - as informações quanto ao número de atacantes ainda não são claras -, abriram fogo com armas automáticas contra espectadores que aguardavam por um concerto da banda rock russa Picnic, numa sala com capacidade para mais de seis mil pessoas e que estava, esta sexta-feira, praticamente lotada.

Número de mortos continua a aumentar

O último balanço, indica que pelo menos 115 pessoas morreram e 150 ficaram feridas, dezenas em estado grave. Há, pelo menos, quatro crianças hospitalizadas.

“O número de mortos aumentará ainda mais. (…) De acordo com dados preliminares, as causas destas mortes foram ferimentos de bala e envenenamento por produtos de combustão".

Segundo os investigadores, os suspeitos usaram um “líquido inflamável” para incendiar a sala de concertos, onde ainda se encontravam dezenas de pessoas".

“Atualmente estão a ser realizados exames balísticos, genéticos e de impressões digitais", revela a investigação, citada pelas agências internacionais.

Autores do ataque pertencem ao ISIS-K, ramo afegão do Daesh

Os serviços secretos norte-amercianos dizem ter confirmado a reivindicação do Daesh. Os autores do ataque pertencem ao ISIS-K, o ramo afegão do Daesh.

O autoproclamado Estado Islâmico, que reivindicou o ataque em Moscovo no canal de telegram, revelou que os “combatentes atacaram um grande número de cristãos” e que se retiraram do local “para a base do grupo em segurança”.

[Notícia atualizada às 10:19]

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