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Substituição do diretor nacional causa mal estar na PSP

O mal estar na PSP aumentou com a decisão tomada pelo governo de substituir o diretor nacional. A Ministra diz que apenas que tem um plano diferente para a polícia mas os sindicatos não entendem a troca.

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O mal estar na Polícia de Segurança Pública (PSP) aumenta com a decisão tomada pelo governo de substituir o diretor nacional, José Barros Correia, uma vez que há sindicatos que não entendem o porquê desta troca.

O novo diretor nacional, Luís Carrilho, que deixa agora a liderança da unidade especial de polícia, faz um agradecimento breve a quem sai.

"Agradeço ao senhor diretor nacional cessante pela confiança que depositou ao nomear-me (...) agradeço também todo o seu empenho e dedicação no cargo de diretor nacional, mas também pela sua carreira, pelo brilhantismo e humanismo que nos trouxe."

As palavras de Luís Carrilho não foram escutadas pelo diretor cessante, que não marcou presença na cerimónia dos 16 anos da Unidade Especial de Polícia.

José Barros Correia sai do cargo em confronto direto com a ministra da Administração Interna que o demite 8 meses depois de assumir o cargo.

Margarida Blasco dá posse, não um novo diretor geral, mas a um novo diretor nacional que, para o governo, é o único capaz de ocupar o lugar.

"O vasto currículo nacional e internacional que o superintendente Luís Carrilho tem fala por si. Torna-o o perfil ideal para assumir a liderança de reestruturação e modernização da PSP", disse a ministra. "É a pessoa certa no lugar certo", acrescenta.

A SIC sabe que a insatisfação chega agora também aos que tem o posto de superintendente-chefe na PSP que foram ultrapassados por Luís Carrilho, que só tem o cargo de superintendente, e que os ultrapassa hierarquicamente chegando ao topo da polícia.

Os sindicatos da polícia também não entendem o porquê da troca, assim sem mais nem menos.

"Retirar uma equipa que está à frente dos sinos da instituição e nos termos que foi feito, com muitos poucos esclarecimentos relativamente aos fundamentos desta substituição parece-nos deixar aqui algumas dúvidas", afirma Paulo Santo, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia.

A troca de diretor nacional é feita uma semana antes do governo voltar a sentar-se à mesma mesa com os sindicatos da polícia para negociar um novo suplemento de missão.

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