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PS acusa Governo de "má-fé" e pede debate de urgência para esclarecer "embuste" no IRS

Alexandra Leitão acusa o Governo de "total falta de credibilidade" e exige ouvir as explicações do ministro das Finanças.

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O PS vai pedir ao Governo um debate de urgência na Assembleia da República, na próxima na quarta-feira, para exigir esclarecimentos face à polémica a propósito da descida do IRS.

Em conferência de imprensa este sábado, a líder da bancada parlamentar socialista, Alexandra Leitão, reitera que o Governo de Montenegro está a enganar os portugueses e quer ouvir as explicações do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

“O país assistiu nas últimas 24 horas ao desmascarar de um embuste e de uma fraude protagonizada pelo Governo (…) Para quem tanto fala em lealdade e confiança isto é mesmo a comprovação da total falta de credibilidade deste Governo."

“O Governo diz que todo o país percebeu mal, mas não pode ter sido todo o país a perceber mal", aponta Alexandra Leitão. "Seguramente é mais uma vitimização, uma má-fé da parte deste Governo. Na verdade, este governo tem de perceber que não pode enganar todos, todos, todos”, ironiza.

“Isto é tão grave que o Partido Socialista vai entrar imediatamente com um pedido de debate de urgência para se realizar na Assembleia da República na próxima quarta-feira, no qual contamos com a presença do senhor ministro das Finanças, estando certos de que não se furtará a prestar todos os esclarecimentos que são bem devidos aos portugueses e ao Parlamento”, anunciou a líder da bancada parlamentar socialista.

O Governo de Luís Montenegro garantiu este domingo ter sido “rigoroso e leal” com portugueses a propósito da descida da taxa de IRS, acusando os socialistas de acusações “infundadas”.

Isto depois de o ministro das Finanças ter esclarecido que os 1.500 milhões de euros de alívio no IRS referidos pelo primeiro-ministro esta quinta-feira, no início do debate do programa do Governo, não vão somar-se aos cerca de 1.300 milhões de euros de redução do IRS inscritos no Orçamento do Estado para 2024 e já em vigor, ou seja, a descida acabará por rondar os 200 milhões de euros.

Já esta sexta-feira o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, pediu explicações ao primeiro-ministro e acusou o Governo de estar a enganar os portugueses com um “embuste”.

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