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UE precisa de ser “autónoma” dos EUA na defesa

Germano Almeida considera que Macron está certo quando pede a autonomia defensiva dos 27 em relação aos EUA, perante a ameaça russa. Mesmo que não seja “um divórcio” total.

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Germano Almeida, comentador SIC, afirma que o Presidente francês, Emmanuel Macron, é dramático, mas não está errado, quando defende a autonomia estratégico-militar da Europa em relação aos Estados Unidos da América (EUA).

Macron alertou, esta quinta-feira, que a Europa pode “morrer” e que a União Europeia tem de tornar-se autónoma em matéria de defesa.

Germano Almeida concorda com a leitura do chefe de Estado de França e sublinha que, como projeto, a União Europeia “não pode estar dependente dos congressistas americanos” - que só agora aprovaram uma ajuda financeira “fundamental” para a Ucrânia.

O comentador sublinha que, neste momento, os EUA e a Europa estão alinhados no que toca à resposta à invasão russa da Ucrânia, mas que, no futuro, poderão deixar de estar – sobretudo perante "sinais de que há interferência russa na política americana”, nomeadamente no campo republicano.

“Não é uma questão de divórcio com a América, mas não podemos contar só com ela”, sublinha o comentador, que considera que a Europa "não resistirá" a uma vitória da Rússia na Ucrânia.

Os países europeus, defende, têm de aumentar os gastos com a defesa mas, ainda assim, avisa, “dinheiro não basta”.

“É preciso haver uma estratégia conjunta”, defende.

“Na questão da invasão russa da Ucrânia, a única possibilidade de resolução é a Rússia parar a agressão, retirar as tropas e encontrar-se um quadro de segurança que leve a Rússia a não ter capacidade de voltar a fazer o que fez a 24 de fevereiro de 2022”, conclui.

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