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Navio com bandeira portuguesa atacado no estreito de Ormuz

O Ministério dos Negócios Estrangeiros afirma que “não há registo de cidadãos portugueses a bordo”.

Navio com bandeira portuguesa atacado no estreito de Ormuz
AP

Um navio cargueiro com bandeira portuguesa foi atacado esta manhã no estreito de Ormuz, ao largo do Golfo de Omã.

Segundo avança a Associated Press, o MSC Aries, que fazia a ligação entre os Emirados Árabes Unidos e a Índia, foi apreendido por um grupo de militares da Guarda Revolucionária Iraniana.

Numa nota enviada às redações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma que o navio atacado se trata do MSC Aries, com bandeira portuguesa (registo na Região Autónoma da Madeira), propriedade da Zodiac Maritime Limited, do bilionário israelita Eyal Ofer, sediada em Londres.

"Não há registo de cidadãos portugueses a bordo, seja tripulação ou comando", acrescenta a mesma nota.

O gabinete de Paulo Rangel acrescenta que “as autoridades portuguesas estão a acompanhar a situação, sob coordenação direta do gabinete do primeiro-ministro, envolvendo os Ministérios dos Negócios Estrangeiros, Presidência, Defesa Nacional e Economia.”

“O Governo português está em contacto com as autoridades iranianas, tendo pedido esclarecimentos e solicitado informações adicionais.”

Um vídeo divulgado pela agência de notícias mostra um grupo de comandos a descer de um helicóptero para o convés do cargueiro, numa abordagem idêntica à utilizada pelos Guardas da Revolução do Irão em ataques anteriores.

Segundo armador ítalo-suíço Mediterranean Shipping Company, o porta-contentores tem 25 tripulantes a bordo.

A agência de notícias Tasmin, associada à Guarda Revolucionária, confirmou que o navio assaltado foi o MSC Aries, que descreve como um barco "associado ao regime sionista".

Já o Exército israelita escusou-se a comentar o sucedido. "Sem comentários", disse um porta-voz militar israelita questionado pela EFE.

O chefe da Marinha da Guarda Revolucionária Iraniana, Ali Reza Tangsiri, já tinha avisado esta semana que podia bloquear o Estreito de Ormuz, uma passagem marítima estreita entre o Irão e Omã por onde passa 20% do tráfego marítimo de petróleo.

Isto numa altura de tensão entre o Irão e Israel na sequência do ataque ao consulado iraniano em Damasco, no qual foram mortos sete elementos da Guarda Revolucionária, e que Teerão acusou Telavive de ter levado a cabo.

As autoridades iranianas prometeram vingança pelo ataque, ocorrido no passado dia 1 de abril, com Israel em “alerta máximo”.

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