Afeganistão

ISIS-K vê os talibã e as forças ocidentais como inimigos, explica Daniel Pinéu

Daesh tem uma ramificação no Afeganistão, que mantém uma rivalidade e ódio aos talibãs.

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O grupo jihadista Estado Islâmico ou Daesh tem uma ramificação no Afeganistão que, segundo os serviços secretos norte-americanos, representa uma ameaça aos milhares de afegãos e cidadãos de outros países que ainda esperam no aeroporto de Cabul para fugir para o Ocidente.

O professor de Relações Internacionais, Daniel Pinéu, destaca que o grupo ISIS-K, autor dos recentes ataques em Cabul, vê as forças ocidentais, mas também os talibã, como inimigos.

Daniel Pinéu refere ainda que, apesar da retirada das forças norte-americanas do Afeganistão, os Estados Unidos pretendem continuar o combate ao terrorismo.

DAESH REIVINDICA ATAQUE NO AEROPORTO DE CABUL

O Daesh já reivindicou o ataque desta quinta-feira junto ao aeroporto de Cabul. Num comunicado divulgado pela sua agência de propaganda, Amaq, o Daesh revelou a identidade do bombista suicida que se fez explodir entre civis afegãos, militares norte-americanos e talibã.

Um bombista suicida do Daesh "conseguiu chegar até um grande grupo de tradutores e colaboradores do exército norte-americano no Campo Baran, perto do aeroporto de Cabul, e detonou o seu colete de explosivos entre eles, matando cerca de 60 pessoas e ferindo mais de 100, incluindo combatentes talibã", diz a mensagem citada pela agência Reuters.

Vários meios de comunicação internacionais já tinham apontado o ISIS-K - o ramo do Daesh rival dos talibã no Afeganistão - como o responsável pelos ataques.

Em declarações a uma emissora turca, os talibã afirmaram que "foi por causa da presença de forças estrangeiras que ataques como estes aconteceram".

Oficiais norte-americanos estão preocupados com a possibilidade de novos ataques em Cabul e, perante a ameaça, a embaixada norte-americana está a pedir aos cidadãos nacionais, que estão junto às entradas do aeroporto, para que deixem a zona "de imediato".

O Governo britânico alertou as companhias aéreas a operar em Cabul para evitarem voar a abaixo dos 7.620 metros de altitude.

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