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Vem aí uma revolução na saúde europeia: dados médicos vão estar disponíveis em todos os Estados-membros

A partir de 2028, os portugueses e todos os cidadãos da União Europeia vão poder dar acesso aos seus dados médicos sempre que recorrerem a um serviço de saúde de um país membro. Para isso, será criada uma super base de dados cujo regulamento vai ser, hoje, votado no Parlamento Europeu.

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Os dados médicos são propriedade de cada cidadão e cada um poderá decidir ser quer ou não partilhar essa informação. Esta é a premissa de uma autêntica revolução que se prepara para ocorrer dentro de quatro anos com a agregação dos registos de saúde de 450 milhões utentes numa base de dados.

A informação ficará acessível e traduzida aos profissionais de saúde de todos os países membros, através de uma plataforma online e de uma aplicação. Com esta aplicação, um português que estude ou se desloque a Paris, por exemplo, vai poder mostrar o seu histórico clínico quando for atendido numa urgência ou numa consulta médica, podendo partilhar receitas, análises clínicas ou até imagens de exames.

O regulamento do Espaço Europeu de dados de saúde possibilita que cada utente controle os seus dados podendo até ocultar informação que não seja relevante entre especialidades.

No caso da interrupção voluntária da gravidez, por exemplo, uma mulher que queira abortar fora do seu país, onde este ato médico seja ilegal, como acontece em Malta, pode pedir confidencialidade de forma a que nada fique registado.

Esta gigante base de dados estará ainda acessível, em 2030, à investigação científica sob anonimato. Também neste ponto o regulamento permitirá aos cidadãos não partilharem os seus dados.

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