A Comissão de Ética e Arbitragem do Livre decidiu esta quarta-feira permitir, afinal, a participação de votantes externos nas eleições primárias do partido para as europeias. Isto depois de, na terça-feira, o partido ter suspendido o sufrágio e alterado as regras de participação por suspeitas de viciação.
A forte votação num só candidato gerou estranheza dentro do Livre. O partido decidiu, por isso, que só poderiam votar na segunda volta membros e apoiantes. Deliberação que foi esta quarta-feira alvo de um recurso.
“Na sequência desta decisão foi apresentado um recurso, tendo a Comissão de Ética e Arbitragem do LIVRE deliberado no sentido da votação se realizar também com participação dos votantes externos, inscritos para o efeito”, lê-se na nota divulgada pelo partido.
Mas a polémica pode não ficar por aqui. A decisão desta quarta-feira também pode ser objeto de recurso. Apesar desse facto, o partido informa que - face ao calendário e ao facto de as reclamações não terem “efeito suspensivo” - a votação irá começar como “previsto e programado”.
No seio da polémica está a forte votação em Francisco Paupério. A Comissão Eleitoral do partido considerou que o candidato teve um número “excessivo” de votos e, por isso, falou em “fortes indícios de viciação".