O diretor do Agrupamento de Escolas de Lanhoso assegura que o professor suspeito da prática de cerca de, pelo menos, 2.000 crimes de abuso sexual de crianças nunca deu aulas no agrupamento.
Em declarações à SIC, Ângelo Dias, diretor do Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso, confirma que a denúncia partiu da Escola Secundária local, mas esclarece que o docente detido não dá, "nem nunca deu", aulas no agrupamento.
A denúncia foi feita pela instituição de ensino porque várias ex-alunas do professor em questão relataram à escola as alegadas situações de abuso a que foram sujeitas.
O diretor pretende esclarecer que a situação nada tem que ver com o agrupamento, algo que tem gerado "confusão".
"A todo o momento tenho os encarregados de educação à porta das minhas escolas do primeiro ciclo a pensar que é um professor do meu agrupamento e, efetivamente, não é", clarifica.
Professor já passou por várias escolas da região Norte
O professor do 1.º ciclo foi detido na quarta-feira por ser suspeito, de acordo coma PJ, "da prática de cerca de, pelo menos, do que foi possível apurar até ao momento, dois mil crimes de abuso sexual de crianças, a maioria agravados, e também, pelo menos, de um crime de pornografia de menores".
As práticas mencionadas por esta força de segurança acontecem, pelo menos, desde o ano letivo 2017/2018 até à atualidade, " em contexto de sala de aula e sobre alunas com idades entre os 6 e os 9 anos, na escola básica onde se encontrava a trabalhar".
Após as buscas realizadas ao local de trabalho suspeito, a PJ apreendeu alguns objetos que podem estar relacionados com a práticos dos crimes.
O docente já tinha lecionado em várias escolas do Porto, Vila Nova de Gaia, Barcelos e Amares.