O Livre suspendeu as eleições primárias do partido para escolher os candidatos às eleições europeias. A suspensão, por 24 horas, acontece por suspeitas de “viciação” na votação.
A Comissão Eleitoral do Livre considera que um dos candidatos na eleição - Francisco Paupério - teve um número “excessivo” de votos e, por isso, fala em “fortes indícios de viciação".
Num e-mail enviado aos candidatos, citado pela Lusa, o Livre declara que "a única forma de garantir a integridade do processo de primárias" é permitindo que, na segunda volta das eleições, participem apenas “membros e apoiantes” do partido.
Num outro e-mail, enviado apenas a membros e apoiantes do Livre, a que a Lusa teve acesso, a Comissão Eleitoral desconfia do modo como os eleitores inscritos na votação, que não são militantes do partido, votaram em peso num único candidato, afirmando a maior parte destes votantes “não participaram no processo de primárias de boa-fé”.
Até agora, as eleições primárias no Livre têm sido abertas a não-militantes do partido, podendo participar qualquer cidadão maior de 16 anos que se inscreva e não faça parte de outro partido. O Livre receia, contudo, nesta altura, que entidades externas se organizem e levem à vitória de uma pessoa que não se identifique com os valores do partido, forçando-o a ter essa pessoa como candidata oficial.
A primeira volta das votações primárias abertas do Livre para os candidatos às europeias terminou no passado dia 10 de abril. Depois dessa primeira fase, são escolhidos seis candidatos que passam à segunda volta.
Os resultados ditaram que os candidatos que concorrem na segunda volta serão Francisco Paupério (com 3560,23 pontos), Filipa Pinto (com 2183,69 pontos), Carlos Teixeira (com 1508,11 pontos), Mafalda Dâmaso (com 1404,68 pontos), Tomás Cardoso Pereira (com 1475,64 pontos) e Inês Pires (com 666,67 pontos).