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Espanha engana-se e solta um dos barões da droga mais procurados pela Interpol

Karim Bouyakhrichan, líder de um famoso cartel de droga, terá também planeado assassinar o primeiro-ministro e a princesa dos Países Baixos. Mas a Justiça espanhola deixou-o sair em liberdade.

É um caso insólito e aconteceu em Espanha. Um engano por parte da Justiça fez com que um dos maiores traficantes de droga dos Países Baixos conseguisse escapar.

Trata-se de Karim Bouyakhrichan, um multimilionário líder holandês de um cartel de droga da chamada Mocro Maffia, que terá planeado assassinar a herdeira do trono dos Países Baixos, a princesa Catharina-Amalia, e também o primeiro-ministro do país, Mark Rutte.

Primeiro, foi apanhado em Espanha

A história é contada pela rádio espanhola Cadena Ser: o traficante tinha sido detido em janeiro, na cidade espanhola de Marbella, numa mega-operação, após uma investigação de cinco anos.

Feita a detenção em Espanha, as autoridades dos Países Baixos pediram a extradição do criminoso, para que este fosse julgado, no país, por uma série de crimes relacionados o mundo do tráfico de droga.

Tribunal recusou extradição

Embora a Audiencia Nacional, órgão jurídico nacional espanhol, tenha acedido ao pedido e dado ordem para a extradição, o tribunal provincial de Málaga, que tem a jurisdição na área em que o traficante foi detido, recusou-se a executá-la.

O tribunal de Málaga alegava que Karim Bouyakhrichan tinha, primeiro, de responder pelas acusações de branqueamento de capitais de que era alvo em Espanha, antes de poder ser extraditado.

O Politico afirma que os Países Baixos fizeram um novo pedido urgente para a extradição do barão da droga, sublinhando que se tratava de um dos criminosos mais procurados pela Interpol e que estava a ser procurado por estar envolvido no cartel que levara ao assassinato de dezenas de pessoas, na Europa e em África (mais precisamente, nos Países Baixos e em Espanha, mas também na Bélgica e em Marrocos). Mas nada feito.

O desfecho

Quando Karim Bouyakhrichan se apresentou perante o tribunal de Málaga para responder às acusações de lavagem de dinheiro que era alvo em Espanha, o juiz deixou-o sair sob o pagamento uma finança de 50 mil euros.

Tudo porque, aponta a Cadena SER, quando a Audiencia Nacional autorizou a extradição do traficante, enganou-se e esqueceu-se de emitir um mandado de detenção, para garantir que Bouyakhrichan não ficaria à solta, antes de ser enviado para os Países Baixos.

O resultado? O criminoso, dono de uma fortuna multimilionária, pagou prontamente a fiança e saiu em liberdade. Nunca mais foi visto.

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