50 anos do 25 de Abril

Maioria dos portugueses acredita que “não foi feita justiça” em relação aos responsáveis da PIDE

Uma sondagem no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril revela que são cada vez mais os portugueses que acham que não foi feita justiça em relação aos agentes da PIDE/DGS nem aos responsáveis do Estado Novo pelos atos de repressão que cometeram.

Maioria dos portugueses acredita que “não foi feita justiça” em relação aos responsáveis da PIDE
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No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, foi realizada uma sondagem pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL) para a SIC e o Expresso para determinar “As atitudes dos portugueses em relação ao 25 de abril de 1974 e às mudanças sociais e políticas ocorridas nos últimos 50 anos”.

Para a questão “"Relativamente aos funcionários da PIDE/DGS responsáveis pela repressão, acha que foi feita justiça?”, o sentimento de que não “foi feita justiça” aumentou nos últimos dez anos.

Se, em 2014, 45% dos inquiridos expressavam esta opinião, em 2024 são 64% a considerar que “não foi feita justiça” - um crescimento na ordem dos 19 pontos percentuais.

Por outro lado, apesar de ter havido uma diminuição, continua a ser expressiva a proporção de inquiridos que não expressa uma opinião sobre este tema (22%, contra 31% em 2014).

Foi feita justiça em relação aos responsáveis do regime anterior?

Para a questão "Acha que os responsáveis políticos do regime anterior deviam ter sido julgados pelos atos de repressão política que foram cometidos ou que se fez bem em permitir a sua saída do país?" o sentimento de que deviam ter sido julgados tem aumentado ao longo do tempo.

Em 2024, a maioria dos inquiridos (59%) considera que os responsáveis “deviam ter sido julgados pelos atos de repressão política que foram cometidos” durante o Estado Novo.

Ficha Técnica

. Estudo coordenado pelo ICS e pelo ISCTE

. Universo de indivíduos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos e capacidade eleitoral ativa, residentes em Portugal, selecionados através do método de quotas

. Informação recolhida através de entrevista direta e pessoal na residência dos inquiridos

.Trabalho de campo realizado pela GfK Metris entre 20 de março e 4 de abril de 2024

. Contactados 4239 indivíduos elegíveis

. 1206 entrevistas válidas

. Margem de erro máxima de +/- 2,8%, com um nível de confiança de 95%

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