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De Pinóquio, com Kinas pelo meio, até Albärt: eis todas as mascotes dos Europeus

Desde 1980 que as seleções que participam nas várias edições do Campeonato da Europa são recebidas por uma mascote. Cada uma delas representa o país anfitrião da competição e traz alegria e emoção a um espetáculo que ocorre de quatro em quatro anos.

De Pinóquio, com Kinas pelo meio, até Albärt: eis todas as mascotes dos Europeus
Site UEFA

Nos dias de hoje não haverá nenhuma seleção ou clube que não tenha uma mascote associada. Um elemento identitário que permite unir os adeptos às suas equipas.

No Campeonato do Mundo de 1966, na Inglaterra, surgiu Willie, a primeira mascote numa grande competição de futebol. No que diz respeito aos Campeonatos Europeus organizados pela UEFA, foi preciso esperar até 1980 para se ver a primeira mascote oficial.

Com o aproximar de mais uma edição de um Europeu, preparamos-lhe uma viagem ao passado com todas as figuras marcantes desta competição.

Com a primeira paragem a ser no Mediterrâneo, mais concretamente em Itália.

Todos conhecemos a moral da história do romance “As Aventuras de Pinóquio”, de Carlo Collodi: em caso de mentira, o nariz crescia como uma vara. Se se dissesse a verdade um menino de madeira podia transformar-se numa criança como as outras.

Considerado na altura um dos livros mais traduzidos em todo o mundo, o famoso boneco esculpido por Gepeto, foi a primeira mascote do Campeonato da Europa, que se realizou em Itália, em 1980.

Quatro anos mais tarde, na vizinha França, surgiu “Peno”, um elegante galo vestido com o equipamento gaulês, incluindo umas chuteiras e uma bola. O nome da mascote deriva do calão francês para penálti. Pelos vistos, “Peno” deu sorte aos bleus, que acabaram por conquistar o troféu em casa frente à Espanha.

Em 1988, em plena Guerra Fria e com uma Alemanha dividida em dois blocos, os germânicos optaram por escolher um coelho como sua mascote. “Berni", um adepto de futebol entusiasta e do qual todos gostavam. Foi escolhido em homenagem à cidade suiça de Berna, onde a Mannschaft se sagrou campeã mundial em 1954.

Em 1992, a Suécia tinha a pressão de substituir “Berni”, com algo imaginativo, alegre e original. Mas os suecos optaram por "tirar o mesmo coelho da cartola". “Berni” deu lugar a “Rabbit”, que despiu a imagem alemã e envergou um equipamento amarelo e azul, as cores suecas.

Em 1996, a competição disputara-se em Inglaterra, e os anfitriões optaram por terminar com a série de coelhos como mascotes. E foi aí que surgiu Goaliath, um leão, em alusão à alcunha de “Três Leões”, que seleção inglesa ainda nos dias de hoje tem. Goaliath, com uma elegante camisola branca e azul, representava o bom gigante que todos adoravam.

No primeiro Campeonato da Europa coorganizado, Bélgica e Países escolheram também um leão e escolheram o nome “Benelucky” em honra à união Bélgica / Países Baixos / Luxemburgo. Benelucky também era uma junção da palavra latina "bene" (boa) e da inglesa "luck" (sorte), proporcionando assim vibrações positivas a todas as seleções participantes.

Portugal esteve muito perto de igualar a França, ao utilizar a mascote como amuleto da sorte para vencer “em casa”, mas a derrota na final frente à Grécia terminou com o sonho de Cristiano Ronaldo e companhia. Os organizadores do Euro 2004 decidiram “dar vida” a um pequeno rapaz vestido com as cores lusas e chamar-lhe “Kinas”, uma homenagem aos cinco escudos azuis presentes na bandeira portuguesa.

Depois de “Kinas”, os gémeos “Trix e Flix” foram as mascotes que se seguiram para a competição que decorreu na Áustria e Suíça. Os meninos misteriosos dos Alpes, representavam cada um dos países organizadores e até tiveram direito a uma banda sonora original, e ao contrário dos seus antecessores, “Trix e Flix” não tinham uma bola de futebol como adereço.

Em 2012, Polónia e Ucrânia sucederam à Áustria e Suíça, e com eles regressou uma dupla nas mascotes. “Slavek e Slavko”, com os seus cabelos espetados com as cores das nações organizadoras trouxeram alegria para os milhares de adeptos que visitaram aqueles dois países do leste europeu.

O presidente da Federação Polaca de Futebol apaixonou-se imediatamente “Slavek e Slavko”, afirmando que gostou especialmente dos seus penteados, porque "também tinha assim há 40 anos".

Em 2016, o ano de glória para Portugal, com o golo do “Super Éder” na final. Um pouco antes apareceu o “Super Victor”, um menino com uma capa de super-herói que podia sobrevoar as cidades que receberam os jogos da competição. Ao contrário de “Peno", Victor não foi super e não trouxe sorte para a seleção francesa que foi derrotada por Portugal na final.

Para celebrar os 60 anos do primeiro Campeonato da Europa, a UEFA decidiu “distribuir” os jogos da edição de 2020 em 12 países europeus e escolheu o freestyler “Skillzy” como a mascote oficial. Um rapaz com talento para fintar e fazer truques com a bola representou a cultura do futebol de rua, uma homenagem aos jovens que praticam futebol de uma forma diferente à tradicional.

Alemanha, 2024 (Albärt)
Site UEFA

Para a próxima edição, que se realiza na Alemanha, em 2024, o urso de peluche “Albärt” foi o eleito para ser a mascote. Tem como objetivo destacar a ambição e inspirar as crianças em toda a Europa a serem ativas, incentivando o amor pelo futebol e os seus valores.

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