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Cerca de 20 mil doentes à espera de uma consulta de saúde mental

Os casos mais graves são os que têm pior resposta: quase 700 doentes classificados como muito prioritários têm de esperar por uma consulta mais que os 30 dias definidos por lei.

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Há cerca de 20 mil doentes à espera de uma consulta de saúde mental. Cerca de metade dos casos prioritários esperam mais do que o tempo previsto na lei. As conclusões são de um estudo realizado pela Entidade Reguladora da Saúde.

A saúde mental tem sido considerada o parente pobre do Serviço Nacional de Saúde em Portugal pela falta de recursos humanos e financeiros com que se debate há várias décadas.

E os dados mais recentes revelados pela Entidade Reguladora da Saúde vêm confirmar esta realidade:

Um estudo realizado à escala nacional concluiu que, no final de junho deste ano havia cerca de 20 mil os doentes à espera de consulta de psiquiatria ou psicologia nos hospitais públicos, com um tempo médio de espera superior a 3 meses e meio.

Quase metade dos casos prioritários, ou seja 1600 doentes, esperam mais do que o tempo previsto na lei que são 60 dias

Os casos mais graves são os que têm pior resposta: quase 700 doentes classificados como muito prioritários têm de esperar por uma consulta mais que os 30 dias definidos por lei.

Quanto aos cuidados de saúde mental, também há falhas a registar e as crianças e jovens têm ainda pior resposta do que os adultos.

Há 20 concelhos do país sem qualquer hospital integrado na rede de saúde mental localizado até uma hora de distância.

Em sentido positivo, o volume de consultas de saúde mental tem crescido de forma sustentada desde 2018.

  • No caso da psiquiatria cresceu em média 5% todos anos
  • No caso das consultas de psicologia cresceu12%

O relatório revela que houve melhorias no que diz respeito à dotação de profissionais a trabalhar na área da saúde mental, mas continuam registar-se muitas diferenças consoante as regiões:

  • A situação é melhor no centro, grande Lisboa e Algarve
  • A pior é na região norte e sobretudo no Alentejo… onde se regista um rácio de 2 profissionais por 10 mil habitantes.


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