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Já estão escolhidos os 12 jurados do julgamento de Donald Trump

O julgamento acontece em Nova Iorque. Em causa está o pagamento de 130 mil à estrela de filmes pornográficos Stormy Daniels, para comprar o silêncio desta, antes da eleição presidencial.

Já estão escolhidos os 12 jurados do julgamento de Donald Trump
Jabin Botsford/Reuters

O juiz Juan Merchan anunciou, esta quinta-feira, que está selecionado o júri de doze pessoas no julgamento criminal do ex-presidente Donald Trump, que decorre em Nova Iorque, acrescentando que falta apenas designar os seis suplentes.

"Temos o nosso júri. Vamos escolher os suplentes", frisou o juiz. Juan Mercham tinha apontado o objetivo de constituir este júri de doze cidadãos nova-iorquinos e seis suplentes antes do final da semana, para poder entrar nos debates na próxima segunda-feira.

Quando os novos jurados prestaram juramento para julgar o caso de forma "justa e imparcial", Donald Trump, sentado à mesa da defesa, não tirou os olhos deles. Depois desta etapa crucial e por vezes laboriosa, o julgamento do candidato republicano às eleições presidenciais de novembro poderá chegar ao cerne dos debates.

A acusação

Trump é o pimeiro ex-presidente dos Estados Unidos a comparecer a um tribunal criminal. A acusação centra-se em pagamentos de 130 mil dólares que a empresa do ex-presidente fez ao então seu advogado pessoal, Michael Cohen. Este entregou esta soma, em nome de Trump, à estrela de filmes pornográficos Stormy Daniels, para comprar o seu silêncio, a um mês da eleição presidencial em 2016, dadas as suas alegações de que teria tido um encontro sexual com o multimilionário.

Trump declarou-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.

Além de Nova Iorque, Trump é ainda acusado criminalmente em Washington e na Georgia pelos seus esforços para reverter a derrota eleitoral em 2020, assim como na Florida, por reter ilegalmente documentos confidenciais após deixar o cargo em 2021.

As datas do julgamento dos outros três casos criminais ainda permanecem indefinidas.

Um julgamento caótico

O terceiro dia de audiência teve um início mais caótico. Primeiro, um jurado expressou receio de ser identificado, dizendo que tinha sido reconhecido por familiares, enquanto o júri deve permanecer anónimo para evitar pressões.

Pouco tempo depois, o juiz demitiu outro membro do júri, que os procuradores disseram ter descoberto, após a investigação, que pode não ter contado toda a verdade ao responder ao extenso questionário entregue a cada potencial jurado.

Estes primeiros obstáculos levantam a questão de garantir o anonimato dos jurados durante todo o julgamento, enquanto Donald Trump, que denuncia uma "caça às bruxas", lamentou várias vezes ter sido julgado em Nova Iorque, reduto democrata.

O candidato republicano repetiu na quarta-feira, na rede Truth Social, os comentários de um apresentador da Fox News, Jesse Watters, garantindo sem provas que "estão no processo de escolher ativistas progressistas infiltrados que mentem ao juiz para fazerem parte do júri".

O juiz já proibiu Donald Trump de atacar os jurados nas redes sociais.

A acusação e a defesa têm a possibilidade de contestar dez jurados cada, sem apresentarem justificação.

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