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Autarca manda encerrar conferência da extrema-direita em Bruxelas

A ordem para a proibição do evento veio do autarca de Saint Josse, localidade onde se realizava a conferência. Recomeçou minutos depois porque, alegadamente, as autoridades não tinham legitimidade para encerrar o congresso. Foi suspensa mais tarde devido aos protestos no exterior do edifício.

Autarca manda encerrar conferência da extrema-direita em Bruxelas
Yves Herman

A polícia de Bruxelas interrompeu a Conferência Nacional do Conservadorismo (NatCon) durante a intervenção do fundador do partido Reform UK e suspendeu-a temporariamente. A ordem foi do autarca do local onde se realizava o evento, na Bélgica.

Segundo o jornal The Telegraph, a polícia entrou no auditório durante a intervenção do arquiteto do Brexit Nigel Farage.

O evento recomeçou poucos minutos depois uma vez que, alegadamente, as autoridades não teriam legitimidade para encerrar o congresso.

Mais tarde, a Conferência Nacional do Conservadorismo, que junta vários partidos conservadores, foi suspensa por motivos de segurança devido ao elevado número de manifestantes no exterior.

Emir Kir, autarca de Saint-Josse-ten-Noode, localidade onde se realizava o evento, adiantou nas redes sociais que foi ele próprio a emitir uma ordem para proibir o evento e "garantir a segurança pública". Alega que a "extrema-direita não é bem-vinda".

Nigel Farage disse aos jornalistas que a ação refletia uma “nova forma de comunismo”.

Já o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, considera a ação "inaceitável", acrescentando que é um ataque à liberdade de expressão.

"A autonomia municipal é uma pedra angular da nossa democracia, mas nunca poderá prevalecer sobre a Constituição belga, que garante a liberdade de expressão e de reunião pacífica desde 1830", sublinha, numa mensagem no X, antigo Twitter.

Também o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, considera extremamente preocupante a proibição do evento.

A conferência reunia políticos europeus ultraconsevadores e de extrema-direita, entre eles o primeiro ministro húngaro, Viktor Orbán.

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