O Hamas diz estar a analisar com seriedade e responsabilidade a proposta para a troca de reféns por prisioneiros palestinianos. O maior entrave às negociações a decorrer no Cairo continua a ser a natureza do cessar-fogo. O Hamas exige que seja permanente, Israel diz que mesmo que o Hamas aceite as atuais propostas, a guerra não vai terminar em Gaza.
No Egito está também o diretor da CIA, a agência de segurança externa dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo que continua a alertar Israel contra uma operação terrestre israelita em Rafah nas atuais condições, Washington estará a pressionar o Qatar, um dos principais mediadores, a expulsar o gabinete político do Hamas do território, se as atuais propostas de negociação forem recusadas.
Mesmo sem operação terrestre, o número de mortos em Gaza aproxima-se dos 35 mil. Ataques aéreos provocaram baixas em Nuseirat e Rafah, onde os bombardeamentos obrigaram à retirada de feridos pelas janelas. Várias mortes foram pronunciadas no local, outras junto aos hospitais que ainda funcionam no território.
O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas voltou a alertar para a crise de fome total no norte de Gaza, que estará a alastrar para o sul.
Pelo menos seis palestinianos foram mortos em Tulkarem, na Cisjordânia ocupada. As forças israelitas levaram cinco corpos e demoliram a casa onde, mais tarde, o Crescente Vermelho Palestiniano ainda conseguiu recuperar o corpo de um sexto palestiniano.
Nas tendas em Gaza, agradece-se aos americanos pelas manifestações nas universidades. Em Nova Iorque, a polícia irrompeu pelas instalações da Universidade de Columbia e fez várias detenções, onde estudantes protestavam contra a guerra em Gaza.
Para além dos Estados Unidos, o movimento estudantil já alastrou para o Canadá e México, e na Europa à Irlanda, Alemanha, França e agora em Espanha.