Israel recuou e pediu aos Estados Unidos uma reunião para discutir a intervenção militar de larga escala em Rafah. O encontro tinha sido cancelado por Telavive depois dos americanos deixarem passar uma resolução das Nações Unidas a exigir um cessar-fogo. Mas agora israelitas e norte-americanos vão, afinal, encontrar-se, com grandes divergências.
A mudança de posição do governo de Israel pode até ser um bom sinal, mas a verdade é que os dois aliados, Washington e Telavive, têm posições bem diferentes sobre uma intervenção em Rafah.
Netanyahu desvaloriza os receios internacionais e insiste que até há espaço para impor um êxodo de mais de um milhão de civis.
Para atingir os últimos redutos do Hamas em Rafah, a proposta de Netanyahu ignora no entanto tudo o que está a acontecer em Gaza. Como a fome denunciada pelo Programa Alimentar Mundial.
A caminho dos seis meses, a guerra em Gaza já fez mais de 32.500 mortos e quase 75 mil feridos.