A Próxima Vaga

"Vamos deixar a inteligência artificial fazer a guerra sozinha? A tecnologia aparenta ser mais limpa, mas estão lá humanos a serem mortos”

À medida que a inteligência artificial continua a evoluir, como podemos garantir que é usada para o bem da Humanidade? E como é que os Estados podem controlar a segurança dos seus próprios cidadãos se não usaram inteligência artificial? Oiça aqui o oitavo episódio do podcast A Próxima Vaga, com a professora catedrática Maria do Céu Patrão Neves e o padre Afonso Seixas Nunes, num debate moderado por Francisco Pinto Balsemão, onde se fala de guerra com armamento autónomo, regulamentação e espiritualidade

Matilde Fieschi

A inteligência artificial (IA) está a tornar-se cada vez mais presente na nossa sociedade, sendo aplicada em diversos setores, desde a saúde, à justiça, banca, transporte, ensino, indústria, entre muitas outras áreas.

Embora a IA ofereça inúmeras oportunidades e benefícios, também traz consigo desafios éticos significativos. Neste episódio do podcast 'A Próxima Vaga', falamos sobre a necessidade de regulamentação e os principais desafios éticos relacionados com o uso da IA. Debater e compreender estas questões é essencial para garantir que a IA seja desenvolvida e implementada de forma responsável, respeitando os princípios éticos e protegendo o bem-estar humano.

Matilde Fieschi

Ao desenvolver e implementar sistemas que usam inteligência artificial (IA), é importante levar em consideração uma série de princípios éticos. Os sistemas de IA devem ser transparentes no que diz respeito às suas operações e tomadas de decisão para garantir a confiança dos utilizadores.

As decisões tomadas por sistemas de IA devem ser justas e não discriminatórias. Os algoritmos devem ser projetados de forma a evitar o viés e a discriminação, garantindo um tratamento igual e imparcial para todos. Além disso, é essencial a proteção da privacidade dos dados dos utilizadores e é necessário que sejam implementadas medidas de segurança robustas, com o objetivo de maximizar os benefícios e minimizar os danos potenciais.

Outro ponto importante é a autonomia humana e a responsabilidade. A decisão final deve permanecer nas mãos dos humanos, sendo a IA uma ferramenta de apoio e é crucial estabelecer um claro quadro de responsabilidade para o desenvolvimento e uso desta tecnologia, que ocupará um espaço cada vez mais central na vida de todos.

Nesta era dos algoritmos e da automação, são várias as questões éticas que se levantam: como garantir a justiça e equidade no uso de algoritmos que dependem de enormes bases de dados? Quem deve ser responsável por danos causados por sistemas de IA? Como podemos educar o público sobre os desafios éticos da IA? E como podemos garantir que a IA seja usada para o bem da Humanidade e não para fins maliciosos?

Matilde Fieschi

Para responder a estas e outras perguntas, foram convidados a Professora Catedrática de Ética, Maria do Céu Patrão Neves, Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, perita em ética e avaliadora de projetos pela Comissão Europeia, e ainda Afonso Seixas Nunes, padre jesuíta, professor de Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Saint Louis nos EUA e especialista em Direito Internacional e Direito da Guerra.

Matilde Fieschi

Oiça aqui o oitavo episódio do podcast ‘A Próxima Vaga’ com a moderação de Francisco Pinto Balsemão.

P. Afonso Seixas-Nunes: “Já conversei com pessoas de outras orientações sexuais, vejo sofrimento e problemas de aceitação. Merecem respeito"

Francisco Pinto Balsemão apresenta uma série de debates sobre o impacto atual e futuro da Inteligência Artificial (IA) em diversas áreas da nossa vida em sociedade. Da geopolítica à segurança nacional, da medicina ao ensino, da arte à religião, como é que a tecnologia está a moldar o século XXI? ‘A Próxima Vaga’ é um podcast semanal, com novo episódio todas as sextas-feiras.

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