A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, começa esta sexta-feira a negociar com os sindicatos representativos dos médicos, enfermeiros e farmacêuticos. Melhores condições de trabalho e mais médicos no Serviço Nacional de Saúde são duas das exigências da FNAM.
A presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, espera que as negociações sejam "sérias, transparentes e sem jogos de bastidores", e garante que os médicos não aceitam "perdas de direitos". Diz mesmo que é preciso "fazer aquilo que não foi feito com o anterior Executivo, que é olhar, novamente, para a questão salarial".
"Se não, vamos continuar a ser dos médicos mais mal pagos a nível europeu e isso vai fazer com que continuem a sair médicos" do SNS, afirma na SIC Notícias.
Ainda assim, reconhece que "nunca foi só uma questão salarial". As condições de trabalho são outro dos pontos para o qual a FNAM "tem muitas propostas".
A federação quer a reposição das 35 horas de trabalho, a progressão da carreira e a revisão de diplomas "que foram aplicados à pressa e sem rigor pelo anterior Executivo", como a questão a dedicação plena e as métricas aplicadas aos médicos de família.
Na SIC Notícias, fala ainda sobre o possível encerramento de urgências durante o verão por falta de pessoal médico: "Se nada for feito, estas urgências vão continuar desfalcadas".