Os dois portugueses detidos por tráfico de droga na Indonésia já foram acusados e arriscam uma pena máxima de 20 anos de prisão, avança a imprensa local. Foram apanhados com cocaína líquida em fracos de champô.
Um dos portugueses, Rui Viana, apresentado com as iniciais RPAV, atuava como "mensageiro" e recebia um salário de 6 mil euros, adianta Hengki, diretor de Narcóticos da polícia, citado pela zona informasi new.
Rui Viana, natural da Madeira, é o mais novo dos dois. É filho de Rui Óscar, antigo futebolista. Foi detido no dia 17 de março, na zona das chegadas do aeroporto Soekarno-Hatta, em Jacarta. Terá viajado desde Lisboa, com uma escala no Dubai. Foi depois apanhado já na capital da Indonésia.
A partir da detenção, foi detido outro português, com as iniciais FMGS e que terá 37 anos, que atuou como "destinatário" na zona de Bali, acrescenta o mesmo responsável na conferência de imprensa desta segunda-feira.
A polícia confiscou três frascos, disfarçadas com nomes de champô, com cocaína líquida, com quase três quilos no total.
Os detidos receberam a primeira visita prisional dos serviços consulares na Indonésia no final da semana passada. À SIC, o Ministério dos Negócios Estrangeiros garante que a Embaixada de Portugal em Jacarta está em contacto com as autoridades locais.
Há ainda um terceiro português suspeito.
Droga na Indonésia
Na Indonésia, o tráfico de droga pode ser punido com pena de morte, mas os dois portugueses foram acusados com pena máxima de 20 anos de prisão.
No site do Ministério dos Negócios Estrangeiros são dados avisos aos viajantes que tenham como destino a Indonésia devido ao “endurecimento das medidas” em relação às drogas.
A posse de pequenas quantidades pode resultar em penas de prisão superiores a cinco anos. Para quantidades maiores, pode ser aplicada pena de morte.
"Não há qualquer regime de exceção para os estrangeiros que infrinjam a lei", é dito do site.