Um paciente que sofria de doença Parkinson, em estado avançado, tornou-se a primeira pessoa a receber uma prótese cerebral para melhorar a sua capacidade de andar sem cair.
O paciente Marc Gauthier recebeu uma neuroprótese composta por um campo de elétrodos colocados na medula espinal, combinada com um gerador de impulsos elétricos sob a pele do abdómen, com o objetivo de estimular a medula a ativar os músculos das pernas.
Um dos médicos que liderou o projeto, Gregoire Courtine, explicou que os impulsos elétricos transmitidos à medula espinal reproduzem a movimentação natural da marcha.
A neurocirurgiã que realizou a cirurgia e que atua como codiretora do centro de tratamento NeuroRestore, Jocelyne Bloch, disse que o projeto poderia melhorar a qualidade de vida dos pacientes com Parkinson.
As descobertas foram publicadas na revista Nature Medicine, sugerindo que a tecnologia possa ser usada de forma mais ampla em paciente com Parkinson avançado, tendo em conta que uma das consequências da doença é a progressiva dificuldade na mobilidade.
O CEO da empresa que projetou o implante, Dave Marver, disse que embora o dispositivo fosse semelhante aos desfibrilhadores para implante, bem como aos dispositivos usados para controle da dor, este é único na forma específica e flexível como atua na medula espinhal.
O Parkinson é uma doença neurológica degenerativa que causa sintomas como tremores, rigidez e dificuldade de equilíbrio e coordenação.