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Depois de três anos presa na China, jornalista australiana regressa a casa

Cheng Lei foi detida no dia 13 de agosto de 2020, sob acusações de espionagem e fornecimento ilegal de segredos de Estado no exterior. O julgamento só aconteceu em março de 2022 à porta fechada.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Penny Wong, com a jornalista sino-australiana Cheng Lei
A ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Penny Wong, com a jornalista sino-australiana Cheng Lei
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A jornalista sino-australiana, Cheng Lei, que foi condenada na China por acusações de espionagem foi libertada e já regressou à Austrália. Cheng Lei foi recebida no aeroporto pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong.

A informação foi partilhada pelo primeiro-ministro australiano, Athony Albanese, numa mensagem divulgada na rede social X (antigo Twitter).

“Tenho o prazer de confirmar que a Sra. Cheng Lei chegou em segurança à Austrália e reuniu-se com os seus dois filhos e a família. Falei com ela por telefone esta tarde. Este é um desfecho que o Governo australiano já procurava há muito tempo”, escreveu.

Cheng Lei foi detida no dia 13 de agosto de 2020, sob acusações de espionagem e fornecimento ilegal de segredos de Estado no exterior. O julgamento só aconteceu em março de 2022 à porta fechada.

Jornalista só tinha direito a 10 horas por ano de exposição ao sol

Em agosto deste ano, Cheng Lei falou pela primeira vez desde que foi detida. Através de uma carta, contou as condições em que se encontrava presa.

"Na minha cela, a luz do sol entra pela janela, mas só posso sair e ter exposição direta durante 10 horas por ano", descreveu.

No texto endereçado ao público australiano, a jornalista Cheng Lei expressou o seu amor pelo país adotivo.

"Eu revivo cada caminhada pela mata, rio, lago, praia, com mergulhos e piqueniques sob pores-do-sol coloridos, o céu iluminado com estrelas e a silenciosa e secreta sinfonia do mato", disse Cheng, na carta que foi compartilhada pelo seu parceiro, Nick Coyle.

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