O fim das portagens nas antigas SCUT pode vir a custar 4,3 mil milhões de euros até 2040, ano em que terminam as concessões das autoestradas.
A fatura pode ficar bem mais cara do que preveem o governo e o Partido Socialista.
O fim das portagens nas ex-SCUT aprovada no Parlamento com os votos favoráveis do PS e de toda a esquerda e com o apoio do Chega podem vir a custar 4,3 mil milhões de euros nos próximos 15 anos.
Aos 1,5 mil milhões estimados pelo Governo é preciso somar os encargos adicionais que, segundo o jornal Dinheiro Vivo, podem ascender a 2,8 mil milhões de euros até 2040, ano em que chegam ao fim as concessões com a Infraestruturas de Portugal, a empresa do Estado que gere as autoestradas no país.
O Governo diz que no próximo ano a medida irá custar aos cofres do Terreiro do Paço 180 milhões de euros. O PS aponta para 157 milhões.
O fim da portagens nas ex-SCUT abrange a A4, entre o Porto e Bragança, a A13, entre Torres Novas e Coimbra e A13-1, conhecida como radial de Coimbra.
Além destas, também a A23 entre Torres Novas e Guarda e a A24, entre Viseu e Chaves, A25, entre Aveiro e Vilar Formoso.
Juntam-se ainda a A28, de forma parcial, nos troços entre Esposende e as Antas, e ainda a Via do Infante, no Algarve.
As SCUT são um modelo de estradas sem custos para os utilizadores. O Estado pagava uma renda variável aos privados pela construção e manutenção.
Os contratos de concessão foram revistos ao longo dos anos e o modelo de rendas pagas tambem se alterou.
AS parcerias público privadas das estradas são as que mais pesam em termos orçamentais para o Estado.
O debate sobre o pagamento de portagem começou ainda no Governo de Durão Barroso, mas foi em 2010 com José Sócrates no poder que os utilizadores passaram a pagar portagem nas agora ex-SCUT.