Já tinha mexido no mesmo conceito com uns Huawei que vi no último Mobile World Congress em Barcelona. Mas é isso mesmo, só tinha mexido porque não havia condições de todo para os testar ali, nem tempo.
Já tinha tido uma longa experiência com os LinkBuds também abertos da Sony. São muito interessantes mas exigem muita habituação e cuidado.
Então e estes? Por um lado surpreendem, por outro não. Ninguém esperaria que a Bose lançasse um produto com mau som, e têm bom som, mas claro que a experiência nunca poderá ser a mesma do que quando o nosso ouvido está apenas e só dedicado à música. Porque todo o conceito destes auriculares é precisamente que não devemos estar isolados, todo o som que nos rodeia deve estar acessível. Dirão, mas existe o modo de transparência nos auriculares com cancelamento de ruído.
É verdade mas não é a mesma coisa, ou antes não é a mesma coisa na maior parte dos casos. Os auriculares que dependem dos microfones para o modo de transparência introduzem na maior parte dos casos sons parasitas, da própria electrónica ou do passar do vento por exemplo. Então ao mastigar nem é bom falar. Em alguns casos torna-se insuportável. Também é verdade que alguns dos melhores e mais caros conseguem evitar este efeito. E aqui o preço do Bose não vai ajudar na comparação. Custam 380 Euros. É muito dinheiro mas apenas posso dizer que surpreendem pelo extraordinário conforto.
Provavelmente os mais confortáveis que algumas vez usei, podemos estar horas perdidas sem dar por eles, a estética também acaba por ser interessante. Dei com o fenómeno engraçado de que os meus interlocutores simplesmente ignoram a presença e falam comigo pressupondo que os ouço em perfeitas condições, o que é verdade mas não acontece com outros aparelhos.
No vídeo junto algumas das impressões que fui tendo em vários locais ao usar estes Bose Ultra Open Earbuds, não estou a dizer que vão substituir outros formatos digo apenas que são mais um formato que conseguirá criar o seu nicho e público próprio, sejam bem vindos.