Ataque no Centro Ismaili

"É preciso perceber se é uma situação de saúde mental ou violência terrorista"

A análise do psicólogo Mauro Paulino ao agressor que matou duas pessoas no Centro Ismaili em Lisboa.

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Duas mulheres foram mortas nesta terça-feira no Centro Ismaili, em Lisboa, num ataque com uma arma branca por um refugiado afegão que foi detido e que está hospitalizado após ter sido baleado pela polícia.

É um refugiado afegão, viúvo, a mulher morreu num centro de refugiados na Grécia e tem três filhos. Em 2021, fez um vídeo a pedir ajuda pelas suas "condições de vida muito difíceis".

“É preciso perceber se esta pessoa tem efetivamente um quadro psiquiátrico. (…) Se estamos perante uma situação de doença mental que possa ter sido exacerbada por condições sociais muito marcantes, traumáticas, associadas à morte da mulher. No vídeo o agressor faz um apelo e isto pode contribuir para uma situação de violência contra instituições que sente não estarem a apoiá-lo. Associado a eventual acompanhamento psiquiátrico que não estava a acontecer, poderá ter potenciado este comportamento”.

A experiência traumática e a inexistência de apoio psicológico podem levar a "comportamentos disruptivos", explica o psicólogo.

“E preciso perceber se estamos perante uma situação de saúde mental potenciada pela inexistência de intervenção correta ou violência terrorista”.

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