Ataque no Centro Ismaili

Ismaelitas são liderados por imã vivo que acreditam ser descendente de Maomé

Príncipe Aga Khan IV tornou-se imã dos Ismailis em 1957. Tem atualmente 86 anos. É um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna avaliada em mais de 800 milhões de euros.

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O edifício onde aconteceu o ataque é a sede mundial do ismaelismo, um ramo da religião islâmica que segue um líder espiritual vivo, que acredita ser descendente do profeta Maomé.

Os Ismailis ou Ismaelitas fazem parte de uma comunidade muçulmana que, em todo o mundo, reúne cerca de 15 milhões de pessoas, sobretudo em países da Ásia, África e Médio Oriente.

Em Portugal, rondam oito a 10 mil. A maior parte vive na zona da Grande Lisboa.

Para este ramo minoritário da doutrina Xiita, uma das correntes do islão, há um único Deus e o mensageiro é o profeta Maomé, mas ao contrário de outros ramos seguem um imã vivo e, como tal, alguém que acreditam ser o descendente direto do profeta.

Para os ismaelitas, é o príncipe Aga Khan, o Imam, o líder espiritual, atualmente com 86 anos. É um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna avaliada em mais de 800 milhões de euros.

A rede Aga Khan para o Desenvolvimento marca presença em mais de 30 países, com foco nas áreas económica, social e cultural. O diálogo inter-religioso é também uma das máximas de quem professa esta fé.

Os ismaelitas não têm um país, mas em visitas oficiais Aga Khan é recebido como um chefe de Estado, como aconteceu quando veio a Portugal em 2015, ano em que assinou um protocolo para a instalação da sede global do Imamato Ismaili, em Lisboa.

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