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"Fascista": Joana Amaral Dias vaiada e insultada das celebrações do 25 de Abril

“Fascista” e “Honra a memória do Miguel Portas” foram algumas das palavras dirigidas à candidata do ADN às eleições europeias. Joana Amaral Dias estava a gravar um vídeo no Terreiro do Paço a mostrar o cartaz do partido quando foi insultada por um grupo de pessoas.

"Fascista": Joana Amaral Dias vaiada e insultada das celebrações do 25 de Abril
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

Joana Amaral Dias, candidata do ADN às eleições europeias, foi vaiada e insultada nas celebrações do 25 de Abril no Terreiro do Paço. Joana vai mais longe e diz que foi vítima de agressão. O ADN acusa a comunicação social e os comentadores de contribuírem para as agressões.

Joana Amaral Dias estava a gravar um vídeo, que acabou por partilhar no Instagram, no Terreiro do Paço, em Lisboa, a relatar o ambiente e a mostrar o cartaz do ADN com o apelo ao respeito pela Constituição da República Portuguesa.

Nesse momento, ouvem-se assobios e palavras como “fascista”, “25 de Abril sempre” e “fascismo nunca mais”. À sua frente, tinha um grupo de pessoas, com bandeiras portuguesas.

Por, pelo menos, duas vezes, o telemóvel agita-se, enquanto Joana continua a ser vaiada.

“Acabei de ser agredida", refere no vídeo.

“Não tem mal, estou aqui a defender os valores do 25 de Abril: a liberdade, a democracia, a justiça e a paz, sempre, todos os dias”, indica de seguida.

A candidata da ADN às eleições europeias foi ainda abordada por duas pessoas, que lhe dizem para “honrar a memória do Miguel Portas”. “Sai daqui, ninguém vos quer aqui”, afirmam ainda.

No mesmo vídeo, e para o finalizar, enumera várias das “suas bandeiras” dos últimos anos. Salienta que defende a “paz e a liberdade” e diz ser contra a "globalização desenfreada".

“Vítima de condicionamento à sua liberdade de expressão”

Em comunicado, o Alternativa Democrática Nacional (ADN) condena a “agressão” da candidata do partido às eleições europeias.

“Foi vítima de condicionamento à sua liberdade de expressão quando uma comitiva do partido, que se tinha deslocado ao Terreiro do Paço, para legitimamente participar nas atividades de comemoração do 25 de Abril, estava a realizar uma ação de defesa dos Direitos, Liberdades e Garantias Fundamentais consagrados na Constituição da República Portuguesa”, diz o partido na nota.

O ADN, que diz defender a liberdade, a democracia e a paz, considera que ainda há um “longo caminho a percorrer" para que todos possam viver em democracia.

O partido acusa a comunicação social e alguns comentadores de serem alguns dos responsáveis pela situação por “mentirem” sobre a ideologia e posições políticas do ADN.

"Jamais permitirmos ser intimidados e não aceitaremos qualquer tipo de limitação à nossa capacidade de ação cívica e política", refere no comunicado.

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