50 anos do 25 de Abril

Momento único: "Grândola, Vila Morena" cantada no Largo do Carmo

O Arraial dos Cravos foi cancelado por falta de apoio da Câmara Municipal de Lisboa, mas ao final da noite desta quarta-feira, centenas de pessoas juntaram-se no Largo do Carmo, em Lisboa, onde se assistiu a um momento único ao som da 'Grândola, Vila Morena'.

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A "Operação Fim de Regime" foi desencadeada na madrugada de 25 de abril de 1974, pondo fim a 48 anos de ditadura em Portugal. Para esta quinta-feira estão previstos dezenas de desfiles comemorativos pelo país e o tempo não vai estar proibitivo.

As previsões do estado do tempo para 25 de abril são de períodos de céu muito nublado, vento fraco, boa visibilidade e mar encrespado, segundo a antevisão do Serviço Meteorológico Nacional de há 50 anos.

Cinco décadas depois do golpe militar que depôs o antigo regime, aguarda-se uma (nova) quinta-feira com muita nebulosidade no norte e centro de Portugal continental e pouca no sul, o vento será forte na faixa costeira ocidental e nas terras altas, enquanto se aguarda uma descida da temperatura máxima, em especial no litoral oeste, e uma subida da mínima no interior norte e centro.

Pode cair uma chuva fraca nas regiões do norte e centro, a partir da tarde, em especial no litoral, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que, desde 74, já se chamou Serviço Meteorológico Nacional (SMN), Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) e Instituto de Meteorologia (IP).

As nuvens vão também estar presentes na Madeira e nos Açores, mas só estão previstos aguaceiros e fracos nos grupos central e oriental do arquipélago açoriano.

Em Lisboa, onde os militares depuseram o poder liderado por Marcello Caetano, a temperatura do ar, no dia 25 de abril de 1974, não passou dos 15 graus Celsius e para a próxima quinta-feira não deve ir além dos 19º, de acordo com os dados cedidos à Lusa pelo instituto.

Há 50 anos, o estado do tempo estava a ser influenciado por um anticiclone centrado na Escócia e por uma baixa pressão, centrada a sul de Espanha, que fazia chegar a Portugal uma massa de ar instável.

A operação desencadeada na madrugada de 25 de abril de 1974

Às 22h00 de 24 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA) instala o Posto de Comando (PC) no Regimento de Engenharia 1 (RE 1) na Pontinha, para dirigir a “Operação Fim de Regime”.

Estão presentes o Major Otelo Saraiva de Carvalho, Capitão-Tenente Vítor Crespo, Major Sanches Osório, Ten-Cor. Garcia dos Santos, Ten-Cor. Fisher Lopes Pires. Junta-se mais tarde Major Hugo dos Santos. O Capitão Luís Macedo, oficial da unidade, garante a segurança do PC, o Major José Maria Azevedo dá apoio.

Às 22h55 é transmitida a primeira senha: a canção "E depois do Adeus", cantada por Paulo de Carvalho, é emitida pelos Emissores Associados de Lisboa.

Às 00h20 de 25 de Abril de 1974 é iniciada a operação militar “Fim de Regime” com unidades militares pelo país a executar o plano do MFA.

Começam a ser postos em marcha os planos delineados para as várias unidades militares pelo país, desde Lisboa - como o Regimento de Artilharia Ligeira 1 (RAL1), Escola Prática de Administração Militar (EPAM), Escola Prática de Infantaria (EPI) de Mafra - passando por Santarém, Viseu, Viana do Castelo…

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