A informação foi divulgada pelo próprio Presidente da Associação, José Manuel Neves, aquando da conferência de imprensa de lançamento da partida.
A situação, só possível devido à colaboração do Conselho Nacional de Arbitragem da FPF, mostra vontade elogiável em credibilizar a prova, dando-lhe dimensão maior.
É importante aplaudir boas práticas no futebol quando elas procuram claramente melhorar as suas competições internas, dando a clubes, atletas, técnicos e até adeptos experiências que até então só viam a nível profissional.
Nesta matéria é justo sublinhar o esforço contínuo desta direção da AF Porto, que ao longo deste tempo tem tentado inovar, dando aos seus associados mais e melhores condições de trabalho.
Ainda segundo declarações de José Manuel Neves, a final de amanhã - que será disputada entre Coimbrões e Aliança de Gandra, dois clubes da Divisão D'Elite da AFP - será (novamente) transmitida em direto pelo Porto Canal.
Outra vitória importante, que projeta o futebol distrital para montra nacional, valorizando todos os que meritoriamente chegaram ao jogo decisivo.
Para dirigir o jogo foi nomeado o árbitro internacional Gustavo Correia, enquanto o também portuense Fábio Melo desempenhará a função de vídeo árbitro.
E é aqui e apenas aqui que o autor deste texto discorda da opção (legítima) tomada pelo CA da AF Porto.
Esta prática, a de indicar árbitros de primeira categoria ou até mesmo FIFA, para jogos distritais decisivos, não acontece apenas ali mas em várias associações de futebol do país. A intenção, convém esclarecer, é bondosa: dar maior credibilidade à prova, entregando a direção desses jogos a juízes conceituados e com provas dadas no futebol nacional.
Mas a opção acaba por afastar dessas partidas as largas centenas de árbitros do distrito, que durante a época dirigem três, quatro ou até cinco jogos por fim de semana, vendo-se depois afastados dos momentos realmente apelativos.
É seguramente muito desmotivante fazer toda a corrida e não ter a possibilidade de cortar a meta, porque essa está reservada a outros.
Por outro lado, o afastamento deste tipo de nomeações - repito, prática habitual em vários concelhos há muitas épocas - não lhes permite saborearem a experiência única que é arbitrar em montra mediática, algo fundamental para o seu crescimento e maturação competitivas.
É apenas um ponto de vista pessoal, que vale o que vale e, mais importante, não belisca a forma superior como esta prova foi preparada e pensada, dando ao futebol de base a notoriedade que a sua qualidade inata tanto merece.
Por mais iniciativas destas.