Desporto

"Porquê a pressa?”: Villas-Boas questiona negócio de exploração do Dragão

O FC Porto anunciou um acordo válido por 25 anos com uma empresa de investimento espanhola para a exploração comercial do Estádio do Dragão. André Villas-Boas criticou o momento escolhido para o negócio de 65 milhões de euros.

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Em comunicado enviado à CMVM, o FC Porto confirma o negócio com a sociedade de investimento Ithaka, sediada em Madrid. A parceria é válida para os próximos 25 anos.

Ao longo de um quarto de século a empresa espanhola terá 30% dos direitos económicos de uma nova sociedade dedicada à exploração comercial do Estádio do Dragão e do Museu.

Em causa estão áreas como patrocínios, direitos de naming, bilhética, visitas ao estádio e museu ou organização de eventos não desportivos, como concertos.

O FC Porto recebe um investimento de 65 milhões de euros: 30 milhões serão reinvestidos no Estádio do Dragão, sendo os restantes 35 milhões destinados a aumentar a competitividade do clube, segundo o comunicado da administração liderada por Pinto da Costa.

O candidato a presidente André Villas-Boas contestou o momento escolhido para o negócio, a poucos dias das eleições.

"Porquê a pressa? A venda de 30% de direitos comerciais do FC Porto custa-nos muito. Apesar de o parceiro ser bom, isto é um indicador de falência operacional e de encaixe. Quando se vende algo sem necessidade, ou é por incompetência ou é por necessidade operacional. Custa-nos muito a aceleração desses processos, sem colocar em causa a qualidade desse mesmo parceiro. É um sinal revelador que nos preocupa", disse.

Villas-Boas abordou o tema num dia em que apresentou a direção desportiva da lista B. Se vencer as eleições, o cargo de diretor desportivo será para Andoni Zubizarreta, de 62 anos, antigo guarda-redes internacional espanhol, ex-diretor desportivo de Athletic Bilbau, Barcelona e Marselha.

Jorge Costa é o escolhido de Villas-Boas para o cargo de diretor de futebol e equipas profissionais, responsável por fazer a ponte entre sub-19, equipa B e equipa A.

Na apresentação, Villas-Boas deixou ainda um apelo aos sócios, para que regularizem as quotas: referiu que há 40 mil com capacidade eleitoral e cerca de 30 mil com quotas por regularizar.

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