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"A madrugada que eu esperava" junta Bárbara Tinoco e Carolina Deslandes

Paulo de Carvalho, Sérgio Godinho e Jorge Palma - símbolos da democracia - ajudam a compor o novo disco, que levanta questões, que pretendem levar à reflexão.

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O papel das mulheres, a par com a liberdade, é o foco do novo trabalho de Carolina Deslandes e Bárbara Tinoco.
"É importante para nós podermos falar pelas mulher que não puderam falar naquela altura. Esperemos que as nossas vozes encontrem muitas vozes que foram silenciadas", explica Carolina Deslandes.
"É inevitável falar sobre o 25 de abril sem falar sobre os direitos das mulheres, que eram os que estavam ainda mais sufocados", acrescenta Bárbara Tinoco.
Mulheres que neste segundo single do álbum "A madrugada que eu esperava" não são donas de casa, mas sim as donas da casa, como descreveram as artistas nas redes sociais.
"Achámos, a nossa geração, que não íamos voltar a falar de certo tipo de coisas e a verdade é que voltámos a falar e a verdade é que estão coisas postas em causa, que eu pelo menos achei que nunca mais seria um assunto. Achei que estava ganho e não está ganho. Foi um projeto muito exigente, mas tudo aquilo que tu dás a um projeto o projeto acaba por te dar em dobro", confessa Carolina.
"Tivemos a ideia de em vez de fazermos isto só as duas sozinhas e abandonadas convidar esta gente toda inacreditável e talentosa e nossa amiga", diz Bárbara.
Paulo de Carvalho, Sérgio Godinho e Jorge Palma - símbolos da democracia - ajudam a compor o novo disco, que levanta questões, que pretendem levar à reflexão.
"Acho que este trabalho que a Bárbara e a Carolina fizeram chama a atenção das pessoas para o facto de contestarem - será que vivemos em democracia? Será que vivemos em liberdade? E para que é que serve isso tudo? De que forma é que a tratamos? Tenho muita esperança, sobretudo nesta gente mais nova. A cantiga é efetivamente uma arma. uma cantiga não faz uma revolução, mas pode de certo modo ajudar a fazer", explica Paulo de Carvalho.
O novo álbum, com 17 canções, resulta do musical também denominado "A Madrugada que eu Esperava", em cena no teatro Maria Matos, em Lisboa.

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