"Há o ser-se líder e o tornar-se líder. E não é preciso sermos CEO para sermos líderes". Os cargos pouco dizem a Carolina Afonso, atual CEO da marca de retalho de decoração Gato Preto, onde chegou em 2021, em plena pandemia e com as lojas todas encerradas, para assumir a direção de Marketing da empresa e revolucionar a presença digital da marca. Um ano depois chegou à posição de topo na empresa. Mas podia nunca ter acontecido e, garante, “estava tudo bem”.
Natural da Fuzeta, uma pequena vila no Algarve, Carolina Afonso garante que sempre foram os desafios e procura constante por conhecimento, e não a posição na hierarquia, a orientar as suas escolhas profissionais. E quando questionada sobre se “aceitaria uma despromoção em troca de um desafio mais aliciante”, responde sem hesitações: “claro!”. Estar preso a um cargo, vinca, "é quase como ficar numa gaiola. Cheguei aqui, agora vou ficar aqui. E estão tantos desafios à minha volta e não os posso agarrar porque tenho um cargo de topo. O que é que isso vale?”.
Formada em Relações Internacionais, mestre em Marketing e doutorada em Administração, Negócios e Marketing, a CEO do Gato Preto personifica a imagem do eterno aprendiz (life long learner). Começou a trabalhar muito jovem, assumiu grandes responsabilidades cedo e progrediu na carreira ao mesmo tempo que consolidou o seu percurso académico.
Nunca deixou de estudar e sublinha que tem sido o produto das suas aprendizagens, acrescentando: "atraem-se oportunidades à medida que se fazem escolhas".
O CEO é o limite é o podcast de liderança e carreira do Expresso. Todas as semanas a jornalista Cátia Mateus mostra-lhe quem são, como começaram e o que fizeram para chegar ao topo os gestores portugueses que marcaram o passado, os que dirigem a atualidade e os que prometem moldar o futuro. Histórias inspiradoras, contadas na primeira pessoa, por quem ousa fazer acontecer. Ouça outros episódios: