Eleições Legislativas

"Foi um debate perdido para ambos, e ambos precisam de facto de ganhar eleitores"

Um dia depois de Rui Tavares se ter estreado frente ao líder da IL, Rui Rocha, que já vai na sua terceira ronda, Cristina Figueiredo, editora da SIC, faz a sua análise sobre o debate.

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Os protagonistas do terceiro dia da série de debates entre líderes partidários, rumo às eleições legislativas de 10 de março, foram Rui Rocha (IL) e Rui Tavares (Livre) que estiveram frente a frente esta quarta-feira na CNN, com a moderação do jornalista João Póvoa Marinheiro.

Para Cristina Figueiredo, este não foi um bom frente a frente.

A editora de Política considera que o debate dos líderes partidários da Iniciativa Liberal e do Livre foi "muito aborrecido", porque "estiveram os dois mais empenhados em denegrir as ideias do adversário do que em expor as suas próprias ideias e em fazer dali um debate construtivo" que evidenciasse às pessoas quais são as principais diferenças entre os dois partidos.

Segundo a Cristina Figueiredo, o que se viu no único debate desta quarta-feira foi "Rui Rocha, ao seu terceiro debate consecutivo, a acusar algum cansaço, apesar de estar a melhorar na atitude" e “Rui Tavares, que é uma pessoa com imenso traquejo nestas andanças” em modo “picareta falante”. A editora de Política acusa Rui Tavares de estar "constantemente a interromper o adversário" e de "no fim nem se quer o deixar falar".

"Foi um debate perdido para ambos, e ambos precisam de facto de ganhar eleitores", garantiu Cristina Figueiredo.

"O debate politico merece ser mais rico do que as metáforas, nomeadamente, que ontem se ouviram em grande quantidade", disse, acrescentando "acho mesmo que ganhamos todos se houver debates pela positiva e em que hajam confronto de ideias".

Esta quinta-feira será o debate entre a líder do Bloco de Esquerda e o líder do Livre às 18:00, na SIC notícias.

Sobre Marcelo Rebelo de Sousa ter finalmente falado sobre os protestos que existe nas forças de segurança e sobre as eleições legislativas ainda estarem em aberto, Cristina Figueiredo garante que "é curioso".

"Temos um Presidente que nos habitou de tal forma a estar sempre presente, que a sua ausência, ainda para mais tão longa, acaba por ser notada", referiu.

"Ele veio falar, pareceu-me a mim, por duas razões, primeiro para meter água na fervura na questão dos policias e das manifestações, deixando claro que não é hipótese de maneira nenhuma haver um boicote às eleições de 10 de março" e depois para alertar de que o que foi noticiado a semana passada que ele "só dará posse a um governo que sai do partido mais votado" é "ligeiramente exagerado", disse a editora de Política.

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