Eleições Legislativas

Debate Livre vs IL: os dois Ruis, o canalizador e o transformador

Rui Rocha e Rui Tavares estiveram frente a frente na CNN, onde discordaram sobre todos os tópicos, desde a carga fiscal ao SNS, à habitação. No entretanto, ainda se falou de arco-íris.

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É a terceira ronda de Rui Rocha, mas a primeira do outro Rui, que está no outro lado da bancada parlamentar. Entre IL e Livre vai um mundo ideológico de distância. Tal foi evidente nas suas posições a respeito dos impostos, habitação, SNS e carga fiscal no debate na CNN Portugal.

A respeito dos impostos, a Iniciativa Liberal reforçou, mais uma vez, que quer "pôr o país a crescer" e o horizonte é chegar ao fim da legislatura a crescer 4%, de acordo com Rui Rocha.

O líder liberal considerou que com o Livre, cujas propostas não são diferentes do PS, "temos mais do mesmo".

"A ambição do Livre parece ser viabilizar Orçamentos do PS", disse.

Rui Tavares respondeu "na mesma moeda", mas com uma taxa diferente.

"Rui Rocha tem visão arco-íris com cofre de ouro no fim. O crescimento com guerras na europa, com o choque inflacionário, ninguém sabe o que será nos próximos dois anos. A IL diz que os mais pobres vão poupar 60 euros por mês. Em 2023, as famílias só no passe ferroviário nacional pouparam 70 euros, que o Livre propôs", evidenciou Rui Tavares.

Da mesma forma, o deputado único ainda relembrou que, com a fiscalidade liberal, existe um "desconto de quatro mil euros aos mais ricos por ano":

"Os mais ricos têm de ajudar a pagar aquilo que ajuda os mais pobres. Este é um país que é uma comunidade, com as borlas que querem dar aos mais ricos, depois não se admirem que não há estado social para os outros", respondeu.

Na Saúde, Rui Rocha quer reconfigurar o sistema, ao estilo alemão, e Rui Tavares quer, apenas, reconfigurar a "canalização".

"Queremos reconfigurar o sistema, o que se faz na Alemanha é dizer às pessoas que esperam pela cirurgia para escolher SNS, privado e setor social, a pessoa escolhe e o sistema passa a ser concorrente", disse Rui Rocha que, ao fim de três dias, já está a repetir medidas eleitorais.

"Há ruturas nas canalização, não nos revemos no PS, a dizer que está tudo bem, temos é de reparar o cano, fechar a torneira. Os privados não podem estar a fazer concorrência desleal, os privados sabem tudo sobre o SNS e significa que é fácil fazer concorrência desleal com o público, que não sabe nada sobre o privado", realçou Rui Tavares.

Depois, ambos os candidatos entraram em discórdia sobre a semana de quatro dias, que para Rui Tarares teve resultados satisfatórios em relatórios e testes experimentais. Rui Rocha contrapôs com o exemplo do Canadá e Finlândia.

Por último, na Habitação, as divergências permanecem. Um Rui quer congelar rendas (o Livre), outro não quer congelar, mas criar mais casas (o da IL).

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