Aos 30 anos, Tatiana Pinto compete numa das Ligas mais competitivas e espetaculares do mundo: a Women's Super League, o campeonato inglês de futebol feminino.
“Qualquer clube em Inglaterra oferece às jogadoras condições extraordinárias e infelizmente isso em Portugal ainda não acontece”, afirma a internacional portuguesa, que rumou, esta temporada, ao Brighton, depois de duas épocas em Espanha, ao serviço do Levante (2021-2023), e de cinco anos no Sporting (2016-2021).
Tatiana Pinto salienta que o Brighton tem “uma das melhores academias em Inglaterra” e destaca os elevados padrões que distinguem o futebol feminino no país, no que toca a recursos e infraestruturas, que pouco ou nada devem ao masculino.
A jogadora fala dos desafios da mudança para Brighton - futebolísticos e não só - e revela, em tom de brincadeira, que provavelmente nunca conduzirá em Inglaterra: “Senti que provavelmente era melhor não cometer essa loucura. Mesmo quando vou a pé dou por mim a olhar para o lado errado (…), portanto prefiro zelar pela minha segurança”.
A internacional portuguesa admite sentir-se sortuda e orgulhosa por integrar uma geração que está a protagonizar uma transformação total do futebol feminino em Portugal, não só pelos feitos da Seleção Nacional como também pelo exemplo “diferenciado” do futebol feminino em matéria de rivalidades clubísticas.
Numa semana em que a SIC transmite em direto, a partir do Estádio do Restelo, a final da Taça da Liga feminina, entre Benfica e Sporting (quarta-feira às 17:45), Tatiana Pinto realça também o “fenómeno” que são as transmissões televisivas de futebol feminino.
“O futebol feminino em canal aberto é um sucesso e só não vê quem não quer”, afirma a jogadora.