André Villas-Boas tornou-se este sábado o 34.º presidente da história do FC Porto, ao vencer as eleições de sábado dos órgãos sociais, com 21.489 votos (80,28%), quebrando um ciclo de 15 mandatos e 42 anos de Pinto da Costa. A SIC sabe que Villas-Boas vai tomar posse oficialmente no dia 12 de maio, um domingo.
No ato eleitoral mais participado de sempre do clube, o ex-treinador da equipa de futebol portista (lista B) destronou o atual líder 'azul e branco' (A), que contabilizou 5.224 votos (19,52%), ao passo que o empresário e professor Nuno Lobo (C) repetiu a condição de terceiro e último candidato mais votado alcançada em 2020, ao acumular 53 (0,2%).
De acordo com o presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Lourenço Pinto, houve também 73 votos em branco e 37 nulos, num dia em que um recorde de 26.876 sócios estiveram no Estádio do Dragão, no Porto, a eleger os órgãos sociais rumo ao quadriénio 2024-2028.
A inédita eleição de André Villas-Boas, de 46 anos, implica o fim do “reinado” presidencial de Pinto da Costa, de 86 anos, que já comandava o FC Porto desde 17 de abril de 1982, tornando-se, desde então, o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.
"FC Porto está livre de novo"
Durante a madrugada, Villas-Boas fez a primeira declaração como presidente eleito e agradece aos sócios a vitória “estrondosa”.
“Estou muito contente, orgulhoso e honrado. Espero corresponder as todas as exigências, que é ganhar títulos e sustentar o nosso clube para o futuro. O Porto está vivo e demonstrou toda a sua força hoje. Muito obrigado por tudo”, disse o novo líder dos dragões, que celebrou “uma noite histórica” para o clube que classificou como “o bastião da região norte”.
Pinto da Costa, que deixa o clube após 15 mandatos e um legado incomparável - não fosse ele o presidente mais titulado do mundo do futebol -, não foi esquecido durante o discurso de Villas-Boas, que promete receber aquele que já foi seu líder de braços abertos no Dragão.
“Quero deixar um agradecimento por tudo que ele deu ao clube, pela vida que deu ao Porto. E deixo a garantia que esta é e sempre será a sua casa”.
O dirigente frisou também que há “uma longa missão pela frente”, numa referência aos problemas - principalmente financeiros - que mencionou durante toda a campanha. “É uma casa que obrigatoriamente tem de ser arrumada, estruturada e organizada”.
“Hoje o Porto está livre de novo. Hoje é um dia em que começamos a escrever uma nova e vitoriosa página na história do Porto, dos sócios e para os sócios. Um Porto que vai ser competitivo, que lidera pelo exemplo, um Porto vencedor”.