Apesar da derrota, o candidato pela lista C, Nuno Lobo, deixa em aberto uma possível recandidatura à presidência do clube em 2028. Emocionado, deixou ainda uma palavra de agradecimento e gratidão a Pinto da Costa.
Visivelmente emocionado, o professor e empresário enalteceu o legado do dirigente portista, considerando que "o estádio, o pavilhão e o museu são reflexo do trabalho de Pinto da Costa".
"Os sócios votaram pela mudança e quero deixar aqui uma palavra de carinho e gratidão ao presidente Pinto da Costa. Não esquecemos o trabalho fantástico que fez neste clube", afirmou.
O candidato da lista C, que obteve menos de 60 votos, voltou a referir a intenção de recandidatar-se em 2028, felicitou "a fantástica organização deste evento [ato eleitoral]", dizendo que o mesmo "demonstrou a grandiosidade do FC Porto".
"Quero felicitar a fantástica organização deste evento, que demonstrou a grandiosidade do FC Porto. Os sócios, em geral, vieram votar e mostrar a vitalidade do clube. Felicitar também os que continuam a acreditar neste projeto da Lista C, porque vamos continuar atentos ao que se irá passar. Com a certeza de que em 2028 estaremos aqui novamente", expressou.
Nuno Lobo fez questão de sublinhar uma vez mais a afluência recorde às urnas (mais de 26 mil associados) e agradeceu aos apoiantes da lista que encabeça.
"Quero felicitar também os que continuam a acreditar neste projeto da lista C, porque vamos continuar atentos ao que se irá passar", afirmou.
Lamentou ainda a bipolarização e o mediatismo dado às duas candidaturas [listas A e B], considerando que tal "retirou visibilidade" ao seu projeto.
"Fomos a lista invisível e tivemos poucas oportunidades de demonstrar o nosso programa. O descontentamento e o divisionismo na massa associativa levaram-nos a isto", disse o líder da Lista C.
O candidato considerou que agora "é altura de união", apontando que é necessário apoiar o novo líder do FC Porto.
"André Villas-Boas é o nosso presidente e cá estaremos para contribuir para que o presidente Villas-Boas tenha sucesso e que seja campeão, como o presidente Pinto da Costa nos habituou", completou Nuno Lobo.
A inédita eleição de André Villas-Boas, de 46 anos, implica o fim do 'reinado' presidencial de Pinto da Costa, de 86 anos, que já comandava o FC Porto desde 17 de abril de 1982, tornando-se, desde então, o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial.
As eleições para os órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 foram disputadas por três candidaturas, lideradas por Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B), antigo treinador da equipa de futebol, e Nuno Lobo (C), empresário e professor, incluindo ainda uma lista independente ao Conselho Superior comandada por Miguel Brás da Cunha (D).
Com Lusa