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Habitação: investimento chinês em Lisboa recua para quase metade em 2023

Os norte-americanos e os britânicos foram os únicos que reforçaram o investimento no país. Já os franceses, os alemães e os brasileiros também compraram casas, mas muito menos do que há dois anos.

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A prestação da casa vai começar a baixar já este mês para os empréstimos com taxa Euribor de três e seis meses, mas no prazo a 12 meses ainda vai subir. Já o investimento chinês caiu para metade no ano passado, sendo que apenas os norte-americanos e os britânicos compraram mais casas em Lisboa.

As taxas Euribor têm vindo a cair desde o final do ano passado, mas em março inverteram a trajetória de redução e subiram ligeiramente.

Apesar disso, continuam abaixo das taxas de referência do Banco Central Europeu e, este mês, a prestação vai ficar mais leve, se o contrato de crédito à habitação for revisto em abril.

Exemplos

Para um crédito à habitação em que ainda deve 150.000 euros, indexado à Euribor a seis meses com um prazo de 30 anos e spread (a margem de lucro do banco) de 1%, vai pagar este mês 795 euros, menos 12 euros do que pagava na última revisão, em outubro.

Já no caso da Euribor a três meses, com as mesmas condições, a prestação desce para 798 euros, menos um euro face à revisão de janeiro.

Mas, se tiver taxa a 12 meses, vai pagar 779 euros, mais seis euros face a abril do ano passado, se o contrato for revisto este mês.

Quem tem taxa fixa está imune a estas descidas. Os últimos anos ficaram marcados pelo aumento do custo de vida e, segundo o Instituto Nacional de Estatística, a prestação média da casa disparou quase 35% no ano passado.

Só agora as famílias e as empresas começam a sentir o alívio das prestações aos bancos com a expectativa de um corte dos juros, em junho.

Investimento estrangeiro

O que também diminuiu foi o investimento chinês em imobiliário na capital. Só no ano passado, a compra de casas por cidadãos chineses caiu quase metade. Atualmente, representa apenas 6% de todo o investimento estrangeiro na compra de imóveis, tendo em conta que já chegou a valer 20%.

É preciso recuar mais de 10 anos, ao tempo da Troika, quando as empresas e o imobiliário nacional eram alvo de um forte investimento chinês, fator que parece estar a alterar-se.

O fim dos vistos gold pode ser uma das razões para esta quebra, que provocou uma crise da habitação em Portugal e um pouco por toda a Europa.

Os dados da confidencial imobiliário, consultados pelo Diário de Notícias, revelam que em 2023 mais de 900 milhões de euros de capital estrangeiro foi usado para comprar casas em Lisboa.

Os norte-americanos e os britânicos foram os únicos que reforçaram o investimento no país. Já os franceses, os alemães e os brasileiros também compraram casas por cá, mas muito menos do que há dois anos.

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