As primeiras eleições a que o Bloco de Esquerda concorreu, em 1999, foram as europeias. O cabeça de lista foi Miguel Portas e não foi eleito – viria a ser em 2004. Mas aquele foi o primeiro teste para as legislativas desse mesmo ano, para um partido acabado de nascer. Portas foi eurodeputado até 2012, ano da sua morte, tendo o Bloco chegado a eleger três deputados, em 2009 – o terceiro eleito foi Rui Tavares, que depois saiu do grupo parlamentar, mantendo-se no lugar. Depois da morte de Miguel Portas, Marisa Matias, que chegou a Bruxelas em 2009, passou a ser cabeça de lista até às últimas eleições europeias. Ou seja, em duas décadas, Bloco só teve dois cabeças de lista.
Saída da liderança e da Assembleia da República, é a nova cabeça de lista do Bloco de Esquerda ao Parlamento Europeu.
O Bloco, ao contrário do PS ou do Livre, não se integra no que poderíamos chamar de esquerda europeísta. Mas, ao contrário do PCP, não é abertamente eurocético. Não é que o debate sobre a Europa se esgote nesta fratura simplista, que mais vezes esconde do que revela. Mas parece evidente a ambiguidade do partido sempre que se chega a Bruxelas.
É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares com Tiago Pereira Santos e música de Mário Laginha. Subscreva (no Spotify, Apple e Google) e oiça mais episódios: