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Ataques a imigrantes no Porto podem ser crime de ódio ou ajuste de contas

A investigação deste ataque está a cargo da Polícia Judiciária. Várias hipóteses estão em aberto: pode tratar-se de um crime de ódio, mas alguns moradores da zona do Bonfim pensam que terá sido um ajuste de contas.

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O sobrinho de Lilia, Juan Manuel, é luso-venezuelano e está em Portugal há três meses. Juan dormia descansado quando foi agredido por um grupo de homens encapuzados, que forçou a entrada numa casa onde vivem imigrantes.

A investigação está a cargo da Polícia Judiciária. Com várias hipóteses em aberto, o caso pode tratar-se de um crime de ódio ou de um ajuste de contas, como suspeitam os vizinhos, que falam num aumento de assaltos na zona.

"Nós não somos racistas. Nós estamos há mais de seis meses neste medo, neste terror, que somos assaltados em pleno dia com facas e com martelos", diz um morador. "Entro em casa por volta das 5 horas e não saio mais", “faltam mais polícias”, afirmam outros.

Mais policia é o que também pede o presidente da Junta de Freguesia do Bonfim, que nega existir um clima de terror, mas diz que é preciso “garantir que haja mais policiamento” - um pedido que já foi feito ao Ministério da Administração interna, que tutela as forças de segurança.

MP abre três inquéritos

O Ministério Público (MP) abriu três inquéritos para investigar os ataques contra imigrantes ocorridos na cidade do Porto na madrugada de sexta-feira, que já levaram à detenção de uma pessoa, informou esta segunda-feira a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP).

Num comunicado, divulgado na sua página na internet, a PGRP refere que foi determinada a instauração de três inquéritos, cada um deles por episódios distintos, e que correm termos no DIAP da Procuradoria da República do Porto.

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