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Buscas no PSD: Costa diz que "ninguém está acima da lei", mas concorda com Rio

O primeiro-ministro comentou a operação da Polícia Judiciária, que fez buscas na sede dos sociais-democratas, mas também na casa do ex-líder do partido, esta quarta-feira.

Buscas no PSD: Costa diz que "ninguém está acima da lei", mas concorda com Rio
TOMS KALNINS/REUTERS

António Costa afirmou esta quarta-feira que “ninguém está acima da lei”, quando questionado sobre a operação da Polícia Judiciária (PJ), que fez buscas na sede do PSD e na casa de Rui Rio, entre outros locais ligados ao partido social-democrata. Ainda assim, o primeiro-ministro assumiu que há um ponto sobre o qual sempre teve “uma total concordância” com o ex-líder do PSD.

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“Não vale a pena querermos trazer para a praça pública aquilo que deve ser tratado no local próprio, que é na Justiça, e eu aí sempre tive uma concordância absoluta com Rui Rio, quando dizia que não devemos fazer julgamentos de tabacaria”, afirmou António Costa, à margem da cimeira da NATO, que terminou esta quarta-feira em Vilnius, na Lituânia.

Em causa estão suspeitas de crimes como peculato e abuso de poderes, que terão ocorrido na anterior gestão do PSD. Em comunicado, os sociais-democratas garantiram que estes alegados crimes abrangem o período entre 2018 e 2021, quando Rui Rio era presidente do partido, e que prestarão “toda a colaboração solicitada pelas autoridades judiciais”.

António Costa defendeu ainda que é preciso deixar "a justiça fazer o seu trabalho".

“Acho que os portugueses têm motivos diversos para poderem confiar no sistema de Justiça”, continuou o primeiro-ministro, enumerando-os: “Primeiro, porque não há nenhum país que eu conheça onde o grau de independência dos tribunais e de autonomia do Ministério Público (MP) seja tão elevado como em Portugal, o que significa que ninguém está acima de qualquer suspeita, ninguém está acima da lei, seja o cidadão comum, seja o primeiro-ministro, seja quem for”.

O também secretário-geral do PS destacou ainda que, “em segundo lugar”, Portugal tem “um quadro jurídico bastante robusto que confere os meios legais necessários para que as autoridades possam agir”, destacando o “reforço de meios humanos e técnicos” da PJ.

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