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Suspeitas de peculato e abuso de poder levam PJ a casa de Rui Rio e à sede do PSD

A operação foi levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e acompanhada por seis procuradores do Ministério Público e um juiz de instrução criminal, além de outras divisões e unidades da PJ, com um total de "cerca de 100 inspetores e diversos peritos informáticos e financeiros".

Suspeitas de peculato e abuso de poder levam PJ a casa de Rui Rio e à sede do PSD

A Polícia Judiciária (PJ) mobilizou, esta quarta-feira, cerca de 100 inspetores e peritos para buscas na casa do ex-presidente do PSD Rui Rio e na sede nacional do partido, por suspeitas dos crimes de peculato e abuso de poderes.

Segundo o comunicado da PJ, foram realizadas 20 buscas, das quais 14 domiciliárias, cinco a instalações do partido e uma a instalações de um revisor oficial de contas, dispersas pela zona da Grande Lisboa e na região norte do país.

"Está em causa a investigação à utilização de fundos de natureza pública, em contexto político-partidário, existindo suspeitas da eventual prática de crimes de peculato e abuso de poderes (crimes da responsabilidade de titulares de cargos políticos), a factos cujo início relevante da atuação se reporta a 2018", indicou a nota da força de segurança.

A operação foi levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e acompanhada por seis procuradores do Ministério Público e um juiz de instrução criminal, além de outras divisões e unidades da PJ, com um total de "cerca de 100 inspetores e diversos peritos informáticos e financeiros".

Por último, a PJ adiantou que a investigação vai continuar com um "exame integral" das provas recolhidas, num inquérito que está entregue ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa.

A informação sobre esta operação da Judiciária foi anteriormente confirmada à Lusa por fonte policial, após ser avançada pela CNN, que adiantou que as buscas se estendiam ainda a outros dirigentes e funcionários do PSD.

Segundo a estação televisiva, as buscas visavam um alegado uso indevido de dinheiros públicos na anterior gestão do partido, através de verbas da Assembleia da República definidas para a assessoria dos grupos parlamentares e que seriam utilizadas para pagar funcionários do partido que não trabalhariam no parlamento.

Entretanto, o PSD assegurou também que "prestará toda a colaboração" com a justiça e informou que, segundo as autoridades, a investigação abrange o período de 2018 a 2021, anos em que Rui Rio era presidente do partido.

Em comunicado, os sociais-democratas confirmaram que "a sede nacional e a sede distrital do Porto foram hoje objeto de buscas por parte da Polícia Judiciária".

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