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PSD prestará "toda a colaboração" em investigação que abrange mandato de Rui Rio

A Polícia Judiciária fez buscas na casa do ex-presidente do PSD, Rui Rio, no Porto, e na sede nacional do partido, em Lisboa. Em causa estão suspeitas de peculato e abuso de poder.

PSD prestará "toda a colaboração" em investigação que abrange mandato de Rui Rio

O PSD assegurou hoje que "prestará toda a colaboração" com a justiça e informa que, segundo as autoridades, a investigação abrange o período de 2018 a 2021, anos em que Rui Rio era presidente do partido. Em comunicado, o partido confirma que “a sede nacional e a sede distrital do Porto” foram alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária.

"Segundo a informação das autoridades, a investigação em curso visa factos que remontam ao período de 2018 a 2021. O PSD prestará toda a colaboração solicitada pelas autoridades judiciais", conclui a nota.

A Polícia Judiciária (PJ) está hoje a fazer buscas na casa do ex-presidente do PSD Rui Rio, no Porto, e na sede nacional do partido, em Lisboa, por suspeitas de peculato e abuso de poder.

Em causa estão suspeitas de um alegado uso indevido de dinheiros públicos na anterior gestão do partido, através de verbas da Assembleia da República definidas para a assessoria dos grupos parlamentares e que seriam utilizadas para pagar funcionários do partido que não trabalhariam no parlamento.

Rui Rio foi presidente do PSD entre fevereiro de 2018 e julho de 2022, tendo acumulado com a presidência do grupo parlamentar entre novembro de 2019 e setembro de 2020.

Depois de notícias na revista Sábado, que noticiava o processo constituído a partir de denúncias internas do PSD, em julho de 2020 a associação cívica Transparência e Integridade pediu explicações ao conselho de administração da Assembleia da República sobre possíveis casos de funcionários pagos pelo parlamento que prestam serviço nas sedes dos partidos.

A Transparência e Integridade pediu dados sobre o número total de funcionários de apoio aos grupos parlamentares, aos deputados únicos e não inscritos, quantos deles prestam funções fora do parlamento, "por exemplo destacados nas sedes partidárias", e que mecanismos de controlo tem a Assembleia da República sobre o local de trabalho dos funcionários, bem como dados relacionados com estas possíveis circunstâncias laborais.

"Há demasiados anos o parlamento convive em silêncio com suspeitas e denúncias de que funcionários que são pagos para apoiar o trabalho da Assembleia acabam desviados pelos partidos para fazerem trabalho estritamente partidário, nas suas sedes, sem qualquer ligação com as funções do Parlamento", denunciava esta associação.

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