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Hamas aceita proposta de cessar-fogo

O Hamas já informou os mediadores do Egito e do Qatar de que aceitou a proposta de cessar-fogo para suspender a guerra de sete meses com Israel na Faixa de Gaza. Israel está agora a analisar a proposta. Segundo o correspondente da SIC em Israel, Henrique Cymerman, tudo aponta para que a proposta inclua um cessar-fogo de 42 dias e a libertação de cerca de 33 reféns, apesar de "não haver a certeza que exista esse número de pessoas vivas".

A notícia foi primeiro avançada pelo canal Aljazeera, que citava fontes oficiais do Hamas. Mas o grupo já fez um anúncio oficial da decisão.

A decisão foi anunciada num telefonema aos governos do Qatar e do Egito, mas o Governo israelita ainda não comentou.

De acordo com o comunicado, o líder do Hamas Isamail Haniyeh ligou ao primeiro ministro do Qatar e ao ministro egípcio dos serviços secretos para informar que o Hamas aceitou a proposta de cessar-fogo.

Há vários meses que estes dois países têm mediado conversações entre Israel e o Hamas, procurando encontrar uma solução para a guerra espoletada pelo ataque do movimento islamita em território israelita, em 7 de outubro passado.

Não são conhecidos até agora os detalhes da proposta, nem a posição oficial das autoridades israelitas, embora, segundo meios de comunicação israelitas, o acordo não tenha ainda 'luz verde' de Israel.

.Os meios de comunicação, que citam responsáveis do Governo israelita, afirmaram que o acordo de cessar-fogo foi feito unilateralmente pelo Egito e que não será tida em conta neste momento até que os detalhes sejam esclarecidos.

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Segundo o correspondente da SIC em Israel, Henrique Cymerman, tudo aponta que a proposta inclua um cessar-fogo de 42 dias e a libertação de cerca de 33 reféns, apesar de "não haver a certeza que exista esse número de pessoas vivas".

"O grande objetivo do Hamas é parar a ofensiva israelita em Rafah, mas não está claro que vai acontecer", acrescentou.

O correspondente da SIC disse ainda que alguns analistas acreditam que o objetivo do Hamas ao aceitar esta proposta é “tentar provocar diferença entre a administração do presidente Biden e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que tem problemas com a sua coligação”.

O acordo, que Israel ainda está a analisar, está a ser festejado nas ruas da Faixa de Gaza. Centenas de palestinianos saltaram e abraçaram-se assim que receberam a notícia de que o Hamas concordou com um acordo de cessar-fogo, especialmente depois de temerem uma invasão iminente em Rafah.

As negociações, mediadas pelo Egito e pelo Qatar, para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza estavam paralisadas, depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, se ter recusado, no domingo, a colocar um fim à guerra, uma exigência fundamental do grupo islamita.

Um responsável do Hamas defendeu que, após este anúncio de aceitação do cessar-fogo, "a bola está agora no campo de Israel".

"A bola está agora no campo de Israel", que fica com a escolha "entre aceitar o acordo de cessar-fogo ou obstruí-lo", explicou este dirigente do movimento islamita.

Em Rafah - a cidade no extremo sul do enclave de Gaza onde Israel planeia uma grande ofensiva militar - cenas de alegria e tiros para o ar seguiram-se ao anúncio do Hamas.

De acordo com relatos de jornalistas internacionais, a população está a comemorar nas ruas, com tiros para o ar e manifestações de alegria.

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