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Correspondente SIC

Deportação de migrantes para o Ruanda: primeiro voo deve acontecer em julho

O governo britânico já pagou 280 milhões de euros ao Ruanda, valor que, segundo o Gabinete para a Auditoria Nacional, chegará aos 430 milhões nos próximos cinco anos.

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Já passava da meia-noite desta terça-feira quando o parlamento britânico aprovou a nova lei de imigração que vai permitir deportar migrantes ilegais para o Ruanda. A proposta foi apresentada há dois anos por Boris Johnson, mas só agora terminou o processo de aprovação no Parlamento.

Com o objetivo de acabar com as travessias ilegais do Canal da Mancha, os migrantes ilegais começarão a ser deportados para o Ruanda a partir de julho, onde terão seus pedidos de asilo analisados.

Vai caber ao país africano analisar os pedidos de asilo. Se concedido, os migrantes ficam no Ruanda, caso contrário, podem tentar pedir asilo noutro país. O que não podem é voltar ao Reino Unido.

As Nações Unidas pedem que o governo britânico reconsidere. O tema é polémico e deverá continuar a ser alvo de aceso debate político e de processos judiciais.

O governo britânico já pagou 280 milhões de euros ao Ruanda, valor que, segundo o Gabinete para a Auditoria Nacional, chegará aos 430 milhões nos próximos cinco anos.

Muitos dos migrantes que já lá estão e já começaram a receber os aviso de que em breve poderão ser deportados para o Ruanda. É o caso de Massoud, que deixou o Irão.

“Digo a todos os requentes de asilo: não venham para o Reino Unido”, disse.

O primeiro-ministro já garantiu ter tudo pronto para aplicar a nova lei a partir de julho. Um aeroporto está preparado, há aviões reservados e centenas de agentes treinados para escoltar os migrantes até ao Ruanda. Ainda assim, muitos continuam a arriscar a vida.

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