Sporting Campeão: 2023-24

O título do Sporting em números: um "Leão" como não se via há quase 80 anos

A conquista do título nacional de futebol pelo emblema leonino é indissociável de um fulgor ofensivo que figura entre os melhores de sempre na história do clube.

O título do Sporting em números: um "Leão" como não se via há quase 80 anos
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Ao som de novos violinos

Foi na década de 1940 que o Sporting viveu uma das era mais douradas dos quase 118 anos de história do clube. Uma orquestra de Cinco Violinos, magistral na arte de fazer golos.

Reprodução/Facebook Sporting CP

Sob os desígnios de Peyroteo, Jesus Correia, Travassos, Vasques e Albano, a equipa leonina terminou a distante época de 1946/47 com um número impressionante: 161 golos. Ora, 77 anos depois, os comandados de Rúben Amorim lograram o melhor registo ofensivo do “leão” desde então: são 136 golos apontados em 51 jogos na temporada 2023/24.

Violinistas da era moderna como Pedro Gonçalves (18 golos), Trincão (10 golos) ou Paulinho (19 golos) foram elementos importantes de uma orquestra com um nível de afinação que não se via há quase oito décadas, muito por culpa de um solista arrebatador: Viktor Gyökeres, autor de 41 golos em 23/24, quase um terço dos tentos apontados pelo emblema de Alvalade.

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Lar, doce lar

A regularidade caseira e forasteira padronizou a temporada do novo campeão nacional, mas se em 2021, ano do último título leonino, houve quem apontasse a ausência de adeptos nas bancadas de Alvalade como fator de relevo para o sucesso leonino, os registos do Sporting ao longo do campeonato, num Estádio José de Alvalade quase sempre cheio, não podiam ser mais esclarecedores: 16 vitórias em 16 jogos, um feito inédito na história do clube.

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Outra evidência do peso decisivo do fator casa nesta caminhada triunfal são os 80 remates certeiros em 25 jogos caseiros ao longo da época (é preciso recuar ao ano da Revolução dos Cravos para encontrar um registo tão demolidor).

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Vencer (e convencer)

Além de deter - por larga distância - o estatuto de melhor ataque da Liga (92 golos), outro dos capítulos em que o “Leão” foi rei foi o das vitórias: 27 triunfos em 32 jornadas são reveladores do domínio que o Sporting exerceu sobre os adversários em todo o campeonato.

E se definirmos uma goleada como uma vitória por três ou mais golos de diferença, também aí o emblema de Alvalade é “dono e senhor”, com 11 triunfos por margens incontestáveis. O mais amplo do ano aconteceu precisamente no recinto dos “leões”, face ao Casa Pia (8-0).

Efeito inevitável desta veia vitoriosa é o de muito poucos desaires leoninos, num campeonato quase imaculado: apenas duas derrotas (uma na Luz e outra em Guimarães) na Liga, algo que nenhum outro clube conseguiu em 2023/24.

PATRICIA DE MELO MOREIRA
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