A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, afirmou que "o voto de cada mulher vale tanto como qualquer outro" e é uma "barreira contra a direita e a extrema-direita", apelando a uma participação forte na manifestação desta sexta-feira.
Mariana Mortágua esteve na quinta-feira à tarde numa arruada pelo centro de Braga, aproveitando a trégua da forte chuva que se fez sentir na cidade bracarense, e voltou a um dos temas que tem marcado a sua campanha desde o início.
"Eu apelo a que todas as mulheres saiam à rua e se façam ouvir amanhã [sexta-feira] porque amanhã o voto também é das mulheres e o voto de cada mulher vale tanto como qualquer outro voto e eu apelo a que saiam, essas mulheres que são a barreira contra a extrema-direita, as mulheres que são a barreira contra a direita que querem respeito e querem igualdade", pediu.
Mariana Mortágua, que vai estar precisamente nessa manifestação do 8 de março como um dos últimos momentos desta campanha, foi questionada sobre os apelos ao voto às mulheres que, nos últimos dias, têm surgido de outros partidos.
"Eu vi uma direita a fazer uma campanha de ataques às mulheres, uma campanha que quer reduzir a liberdade das mulheres, que quer voltar atrás no direito das mulheres e eu penso que as mulheres estão em Portugal para dizer que não, que não aceitam. Há direitos que conquistámos e nem um passo atrás", disse.
Apesar das sondagens mostrarem o contrário, a líder do BE mostrou-se confiante numa maioria à esquerda.
Mortágua acredita numa “maioria com a esquerda”
"Eu tenho confiança que vai haver uma maioria com a esquerda, tenho confiança no povo deste país, as sondagens já nos mostraram estar tão erradas no passado. Queremos que o voto sirva para construir soluções e esperança", disse.
Mortágua voltou a pedir um voto "por convicção" e num "compromisso de um voto decidido que muda o país e que muda pela habitação, pela educação, pelo salário".
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República. A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
Com Lusa